WeWork quer encher o caixa com US$ 4 bi antes de abrir capital
Estratégia de emissão de dívidas permite à empresa evitar críticas como as feitas ao Uber e à Lyft, que foram à Bolsa com perdas acentuadas e sem um cronograma para atingir a lucratividade
08/07/2019 | 11h04
Por Agências - Reuters
A companhia americana de coworking WeWork abriu cinco escritórios no Brasil e é avaliada em US$ 20 bilhões. Entre seus investidores, estão nomes como Goldman Sachs e a japonesa SoftBank.
A empresa de escritórios compartilhados WeWork está buscando captar US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões em dívida antes de abrir capital, disse uma pessoa familiarizada com o assunto no domingo. A medida é destinada a aumentar a confiança dos investidores na empresa.
A dívida potencial ressalta até que ponto as decepcionantes estreias no mercado do Uber e do Lyft incitaram outras startups deficitárias com altas avaliações buscando ir a público a reavaliar seus planos.
O Uber e o Lyft tornaram-se empresas públicas no início deste ano com grandes expectativas, mas ambas enfrentaram críticas de investidores sobre suas perdas acentuadas e falta de um cronograma para atingir a lucratividade. Também deficitária, a WeWork tem enfrentado questões sobre a sustentabilidade de seu modelo de negócios, que é baseado em contratos de receita de curto prazo e passivos de empréstimos de longo prazo.
Uma emissão substancial de dívida poderia permitir que ela se apresentasse a potenciais investidores a abertura de capital, como tendo financiamento suficiente para se tornar lucrativa. O dinheiro arrecadado através da oferta de dívida, que será separada dos fundos que a WeWork receberia na ida à Bolsa, poderia crescer até US$ 10 bilhões nos próximos anos, disse a fonte, alertando que ainda não há certeza de que a oferta se acontecerá. Representantes da WeWork se recusaram a comentar.
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