Xiaomi registra alta de 64% na receita em trimestre marcado por sanções à rival

Com as restrições impostas à Huawei pelos EUA, a Xiaomi aproveitou o período para aumentar as vendas de smartphone para 52,8 milhões de unidades, superando a Apple

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Por Agência
Atualização:
O lucro líquido cresceu 87,4%, para US$ 975,9 milhões, também acima das projeções de analistas Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters

A Xiaomi divulgou nesta quarta-feira, 25, que sua receita do segundo trimestre saltou 64% em relação ao mesmo período do ano anterior. A fabricante chinesa também anunciou a compra de uma startup de direção autônoma enquanto se prepara para crescer nesse mercado.

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As vendas alcançaram US$ 13,56 bilhões em comparação aos US$ 8,2 bilhões um ano antes, superando as expectativas de analistas de US$ 13 bilhões cravados. O lucro líquido cresceu 87,4%, para US$ 975,9 milhões, também acima das projeções de analistas.

As sanções do governo dos EUA contra a Huawei, prejudicaram efetivamente a divisão de smartphones da gigante da tecnologia e permitiram que a Xiaomi, juntamente com os fabricantes chineses que utilizam o sistema operacional Android Oppo e Vivo, aumentassem suas participações de mercado frente à rival.

A fatia da Xiaomi no mercado global de smartphones cresceu 83% no comparativo anual no trimestre encerrado em junho, de acordo com a empresa de pesquisas Canalys. Ela despachou 52,8 milhões de telefones, tornando-se a segunda marca mais vendida do mundo pela primeira vez em sua história, atrás da Samsung e à frente da Apple.

No mercado interno, no entanto, a empresa ainda está atrás da Oppo e da Vivo em termos de embarques de unidades brutas.

A Xiaomi também anunciou nesta quarta-feira que está adquirindo a startup de direção autônoma Deepmotion por aproximadamente US$ 77,37 milhões, em uma tentativa de impulsionar seus próprios esforços de pesquisa e desenvolvimento na área, disse o presidente da empresa, Wang Xiang.

Em março, a companhia anunciou que gastaria US$ 10 bilhões para entrar no setor de veículos elétricos. A empresa ainda não anunciou formalmente quaisquer parcerias ou planos para seu primeiro modelo.

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