Yellow agora permite pagamento de boletos e compra de crédito de celular
Aplicativo de patinetes e bicicletas compartilhadas também liberou transferência de valores entre usuários
16/04/2019 | 16h29
Por Mariana Lima - O Estado de S. Paulo
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A Yellow, empresa brasileira de patinetes e bicicletas elétricas, está lançando uma nova funcionalidade em seu aplicativo: agora, é possível comprar créditos de celular, transferir dinheiro para amigos e pagar boletos pelo app.
A novidade já aparece no menu “Minha Carteira” tanto para usuários de iPhone quanto de Android. Lá é possível ver a quantidade de créditos que o usuário tem no aplicativo e as outras três novas opções. A compra de crédito continua sendo feita via transferência bancária, mediante pagamento de boleto, em pontos de vendas e via cartão de crédito.
Novidades aparecem na opção 'Minha carteira' do app da Yellow
Antes de conseguir pagar a primeira conta, o aplicativo pede que usuários confirmem dados de cadastro como nome, CPF, data de nascimento, endereço, cidade e Estado. Somente depois disso é que surge a opção de abrir o leitor ou de digitar o código de barra do boleto.
Já a transferência de valores entre usuários é feito por meio de geração de código. Para essa opção, o usuário pode transferir até R$ 20 por dia para amigos, com um valor mínimo de R$ 5 por transação.
A opção de compra de crédito de celular está disponível para clientes da TIM, Vivo, Oi e Claro. Para completar a operação, é necessário digitar o número do telefone com DDD e escolher a operadora. Nesta opção, o usuário pode comprar até R$ 100 em créditos mensais pelo aplicativo.
O Estado teve acesso às informações por meio de e-mails enviados aos usuários. A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa, mas até o momento não teve retorno da empresa.
Mudanças. Em janeiro, a Yellow anunciou fusão com a concorrente mexicana Grin, criando a empresa Grow. O Estado apurou que a Grin saiu do acordo com o maior controle acionário da nova companhia, com direito a duas cadeiras no conselho. A princípio, a Grow abriu mão de padronizar os patinetes e bicicletas e decidiu manter as duas marcas atuando no Brasil.
Para concretizar o negócio, as duas empresas levantaram US$ 150 milhões em investimentos com os fundos que já tinham feito aportes nas companhias – até aqui, Grin e Yellow tinham recebido US$ 145 milhões de seus investidores. Os recursos serão utilizados para resolver aquisição de bicicletas e patinetes, bem como investimentos em expansão. À época, a Grow disse ao Estado que pretende chegar a "dezenas de cidades" do Brasil nos próximos meses.
Com a fusão, Ariel Lambrecht, cofundador da Yellow, tornou-se vice-presidente de produto da Grow e um dos líderes da operação no Brasil, junto com Marcelo Loureiro – fundador da Ride, antiga concorrente da Yellow que foi adquirida pela Grin.
Renato Freitas e Eduardo Musa, os outros dois fundadores da startup de patinetes brasileira, deixaram a operação da empresa. Ariel e Renato também criaram a 99 e deixaram a companhia em janeiro de 2018 quando a startup foi adquirida pela gigante chinesa Didi Chuxing por US$ 600 milhões.
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