YouTube não vai mais recomendar vídeos de teoria da conspiração

Plataforma de vídeos do Google vai usar uma equipe de analistas humanos e um algoritmo para identificar o conteúdo

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Por Redação Link
Atualização:
Desde 2017, YouTube tem iniciativas de limitar alcance de conteúdos que questionem fatos históricos Foto: Beawiharta/Reuters

Vídeos de teoria da conspiração como a ideia de que a Terra é plana ou que o homem nunca pisou na Lua são fáceis de serem encontrados no YouTube. Mas isso não deverá durar muito tempo: a plataforma do Google anunciou na última sexta-feira, 25, que vai parar de recomendar aos seus usuários vídeos que espalham informações erradas de fatos históricos.

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Em uma postagem em seu blog oficial, o YouTube disse que vai deixar de sugerir vídeos com conteúdo limitado ou que desinformam usuários de maneira prejudicial. Isso acontecerá, disse a plataforma, mesmo quando as imagens usadas no vídeo não violem as diretrizes da comunidade.

O YouTube deu apenas três exemplos dos tipos de vídeos que deixarão de ser recomendados: aqueles que promovem uma falsa cura milagrosa para uma doença grave, aqueles que afirmam que a Terra é plana ou que fazem afirmações falsas sobre eventos históricos como os ataques de 11 de setembro.

Analistas humanos em várias regiões dos Estados Unidos serão responsável por assistir a diferentes conteúdos no YouTube e fornecer relatórios sobre a qualidade desses vídeos. Esses julgamentos ajudarão a treinar o algoritmo que vai identificar o conteúdo impróprio.

A empresa se recusou a fornecer mais detalhes sobre quais outros vídeos seriam assim classificados. Mas estima que menos de 1% dos bilhões de vídeos publicados na plataforma sejam afetados.

O YouTube disse ainda que não vai remover os vídeos e confirmou que usuários que se inscreverem em canais que criem esse tipo de conteúdo continuarão sendo notificados sobre novas publicações. A empresa também não excluirá esse tipo de vídeo dos resultados de pesquisa.

Pressão. A ideia de limitar o alcance de vídeos controversos não é de hoje. Em 2017, o YouTube já tinha bloqueado a opção de monetizar publicações de conteúdo religioso polêmico ou que ressaltava a supremacia, além de não permitir comentários e curtidas. Alguns vídeos também aparecem com uma breve mensagem que diz que o conteúdo pode ser inadequado ou ofensivo.

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As novidades surgiram como uma solução da empresa para as críticas de que a plataforma levava os usuários a conteúdo problemático, mesmo quando demonstraram pouco interesse por esses vídeos. Também foi acusado de ampliar a divisão política no EUA, levando os espectadores já partidários a desenvolver pontos de vista extremos.

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