AirPods da Apple poderão ter recursos de saúde como regulador de postura

Rumores apontam que os fones de ouvido terão medidor de temperatura e regulador de postura nos próximos anos

PUBLICIDADE

Por Gabriela Brumatti
Atualização:
Primeiro modelo de AirPods foi anunciado em 2016 Foto: Beck Diefenbach/Reuters

Depois de extinguir os fios dos fones de ouvido, a Apple agora avalia maneiras de fazer do acessório um item fundamental. De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, os futuros AirPods seguirão a tendência de relógios inteligentes, incorporando recursos de monitoramento de saúde: é esperado que os aparelhos tenham capacidade de medir a temperatura, monitorar a postura e melhorar a audição dos usuários.  

PUBLICIDADE

Ainda não há muitos detalhes sobre como esses dispositivos funcionariam, embora mecanismos capazes de medir a temperatura pela orelha não sejam raros e muitos sensores digitais já existentes no mercado funcionem como alertas de postura. Quanto ao recurso capaz de auxiliar a audição, o Wall Street Journal reforça que não é possível saber se a função será diferente do mecanismo “Conversation Boost” (em português, Amplificação na Conversa), já existente nos AirPods, capaz de aumentar o volume da voz de uma pessoa que está falando com você presencialmente, tornando mais fácil de ouvi-la. 

A notícia dos novos recursos ocorre dois dias após o anúncio do próximo evento da empresa, marcado para 18 de outubro. As novas medidas também demonstram a ambição da Apple em adicionar recursos de saúde e bem-estar a dispositivos além do Apple Watch, onde a maioria das funções de saúde da empresa estão hoje. 

Não é a primeira vez que o assunto aparece em pauta para outros produtos da marca. No mês passado, o jornal americano já havia anunciado que a empresa pesquisava uma tecnologia que permitisse aos iPhones ajudar a diagnosticar depressão e declínio cognitivo. Sensores capazes de realizar monitoramentos de pressão arterial, temperatura, qualidade do sono e oxigênio e açúcar no sangue também já eram estudados no Apple Watch. 

A reportagem do The Wall Street Journal reforça, porém, que essas funções “não são esperadas no próximo ano e podem nunca ser lançadas para os consumidores”. A empresa estaria apenas explorando esses novos recursos de saúde, em vez de trabalhar ativamente para uni-los a produtos que serão lançados daqui um ou dois anos.

Independente dos planos, a integração de recursos de saúde em produtos comerciais é um trabalho complicado, principalmente por conta da dificuldade de atender aos elevados padrões de regulamentação médica. Assistentes de audição em fones de ouvido, por exemplo, ainda não são aprovados pelo FDA (Food and Drug Administration, agência americana responsável também pela regulação de dispositivos médicos, suplementos e cosméticos).

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.