Apple lança ferramenta para coletar dados médicos no iPhone

Nova funcionalidade está embutida no aplicativo Saúde do iPhone e passa por testes nos Estados Unidos; novidade é mais uma investida da fabricante de tecnologia no mercado de bem estar

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Por Redação Link
Atualização:
Aplicativo Saúde, presente em iPhones, poderá receber e armazenar informações médicas sigilosas Foto: Apple

Usuários da Apple nos Estados Unidos poderão conferir seus exames e dados médicos sigilosos pelo iPhone a partir desta quinta-feira, 25. A nova funcionalidade está em fase de testes nos Estados Unidos e é a mais recente aposta da gigante de tecnologia para se fortalecer no mercado de saúde digital.

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A mudança facilitará, principalmente, a vida das pessoas que não tem o hábito de guardar o histórico de seus próprios exames médicos. Isso porque a ferramenta permite que o usuário transfira todos seus dados clínicos como os níveis de colesterol e as listas de medicamentos prescritos pelos médicos.

A novidade foi apresentada na última quarta-feira, 24 nos Estados Unidos. Segundo a companhia, as informações poderão ser enviadas diretamente dos provedores médicos para o aplicativo de Saúde (Health, que tem como ícone um pequeno coração) da Apple. A fase beta do aplicativo caiu no gosto do mercado e conta com a adoção de hospitais importantes no país como o Johns Hopkins Medicine, de Baltimore, e o Cedars-Sinai, de Los Angeles.

“Eu acho muito estranho que tenhamos facilidade de conferir os gastos detalhados do cartão de crédito, mas não temos o mesmo hábito com a nossa saúde, que é muito mais importante”, disse Jeff Williams, diretor de operações da Apple ao jornal norte-americano The New York Times. “Queremos garantir que os consumidores tenham poderes com informações sobre sua saúde”.

Segurança. A Apple afirmou que não terá acesso aos dados médicos de seus usuários e que toda a informação passada pelo hospital será criptografada e armazenada apenas localmente, nos iPhones. Mas a empresa disse que criará formas dos usuários interessados compartilharem esses dados também com a Apple. A fabricante não explicou como isso será feito.

As alterações no app fazem parte de um movimento das empresas de tecnologias interessadas na fatia gorda de gastos em cuidados de saúdes feitos por norte-americanos. Estima-se que este mercado gere mais de US$ 3 trilhões por ano no país.

Assim como as outras empresas, a Apple não costuma divulgar sua estratégia de longo prazo para ações na área de saúde, mas as últimas funcionalidades voltadas ao mercado usam muito as tecnologias embutidas nos iPhones e Apple Watch.

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Além do aplicativo de Saúde para ambos os dispositivos, a empresa também criou o ResearchKit, um software que ajuda pesquisadores a desenvolverem aplicativos para iPhone que os ajudem em estudos sobre saúde. Outra iniciativa foi ao HealthKit, uma plataforma que permite consumidores compartilharem seus dados de saúde com aplicativos de qualidade de vida.

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