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Beats Flex se sai bem ao trocar tecnologia de ponta por preço mais baixo

Fones de ouvido sem fio são resistentes, práticos e têm boa qualidade de som, mas trazem processador antigo

Foto do author Guilherme Guerra
Por Guilherme Guerra
Atualização:
Os Beats Flex estão disponíveis em quatro opções de cores (azul, preto, cinza e amarelo cítrico) por R$ 579 Foto: Divulgação/Beats

Atualmente, há fones para todos os gostos e orelhas. Há os intra-auriculares com estojos de recarga para o cotidiano apressado. Há os headphones com alta potência para os mais exigentes. E há os modelos que não são tão sem fio assim, mas são mais confortáveis para exercícios de rua ou de grande impacto. Esse é o caso do Beats Flex, um belo exemplo de como unir conforto, qualidade de som e “preço baixo” — no Brasil, o preço sugerido é de R$ 580 (nos EUA, é vendido por US$ 50, muito mais acessível para o americano).

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Para o Beats Flex, a Beats, marca comprada pela Apple por US$ 1 bilhão em 2014, teve de abandonar as tecnologias de ponta ao optar por lançar um produto de custo mais baixo que alcançasse não só o mundo do iOS, mas também o do Android. No resultado final, o troca não é ruim e faz do produto um ótimo aparelho de entrada com a qualidade que as marcas Beats e Apple carregam.

A escolha mais cruel feita pela Beats é a adoção do chip W1, da Apple, lançado no já longínquo ano de 2016 para estrear com o AirPods de primeira geração. O processador de fato funciona bem e conecta por Bluetooth normalmente com o iOS e o Android, mas a demora de resposta entre o toque no botão e a pausa na música, por exemplo, é maior do que em outros concorrentes, como os AirPods Pro (R$ 3 mil), por exemplo. Trata-se, portanto, de um aparelho lançado ao mercado com um chip velho, quando outros produtos da marca Beats e da Apple usam o novíssimo H1, que dá mais rapidez na conectividade e maior durabilidade de bateria.

A bateria dura de fato doze horas, como a Beats promete. É tempo suficiente um dia inteiro de uso na academia e no transporte. A recarga precisa de, pelo menos, 90 minutos para carga total ou de 10 minutos na tomada para ter uso de 1,5 hora. E, como tem virado praxe no mercado desde que a Apple abandonou o carregador de tomada nos iPhones 12, a caixa não vem com um carregador próprio, somente um cabo de alimentação do tipo USB-C nas duas pontas.

Também há farto uso de botões físicos, como nos velhos tempos (reproduzir e pausar, desligar e ligar e aumentar ou diminuir o volume), enquanto o mercado tem soluções com resposta ao toque do dedo. Isso, porém, é uma marca da Beats, que adota recursos semelhantes até nos modelos mais avançados. Apesar de intra-auricular, o Beats Flex não tem cancelamento de ruído e conta apenas com as quatro opções de pontas para melhor ajuste ao ouvido, ajudando a isolar passivamente o som (tarefa que cumpre com tranquilidade).

Outra perda é a falta de um estojo, o que faz com que, ao usar o fone, ele tenha de ficar pendurado no pescoço ou jogado na mochila ou bolsa. Se o consumidor não tiver atenção, o dispositivo pode ficar em descanso, gastando bateria desnecessariamente. 

Beats Flex tem ímãs nas pontas dos fones para dar mais praticidade no dia a dia Foto: Divulgação/Beats

Resistência e praticidade

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O grande trunfo do Beats Flex é que eles são bastante resistentes, graças ao cordão de nitinol (material de níquel e titânio) que une os dois fones. Está para ser posto à prova se essa resistência traz de fato maior durabilidade no longo prazo. 

Outro fator positivo do cordão de nitinol é que não há aquele emaranhado de nós que se via nos antigos modelos de fones com fio. O material foi desenhado para dar ao Beats Flex um formato quase fixo, pouco maleável, graças a sua memória, o que permite que o fone seja jogado na bolsa e tirado de volta sem ter de desatar eventuais nós. Os fones saem praticamente prontos rumo à orelha.

Para ajudar ainda mais nessa praticidade, além do cordão de nitinol, foram colocados ímãs magnéticos na ponta dos fones. Quando unidos, eles formam um colar sobre o pescoço, impedindo que o aparelho caia do corpo, e automaticamente pausam o áudio que estava sendo tocado.

O Beats Flex também é bastante bonito, com uma pegada esportiva que se inspira na funcionalidade e praticidade desse tipo de moda. Não à toa, as quatro opções de cores à venda (azul, preto, cinza e verde) combinam perfeitamente com as roupas e tênis vendidos pelas maiores marcas de corrida e de academia.

Por fim, a Beats conseguiu manter nesta versão de baixo custo a boa qualidade de som dos seus produtos anteriores, o que, no fim das contas, é a parte mais importante de qualquer fone de ouvido. 

A conclusão: o Beats Flex se sai muito bem e consegue aliar os melhores aspectos da linha Apple e Beats, como os AirPods Pro e Powerbeats. Porém, tudo isso a um custo muito menor. 

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