Brasil tem mais de dois dispositivos digitais por habitante, diz estudo da FGV

A 33.ª edição da pesquisa sobre dispositivos eletrônicos mostra que Brasil continua com média maior de aparelhos por habitante do que o número mundial

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Por Bruna Arimathea
Atualização:
Celulares continuam sendo o dispositivo eletrônico mais vendido no Brasil Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O Brasil tem uma média de 2,1 dispositivos digitais por habitante, segundo a 33.ª edição do estudo anual do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado nesta quinta-feira, 26. O número, que leva em conta tanto o uso doméstico quanto corporativo entre os usuários, se manteve estável desde 2021. 

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Ao todo, são 447 milhões de smartphones e computadores no total, com a maior parte sendo de celulares (52% ou 242 milhões) — a porcentagem teve queda de 1% por conta da alta na venda de outras categorias de eletrônicos, ainda impulsionada pela pandemia.

Em relação aos dispositivos móveis, que contempla smartphones, tablets e notebooks, são 352 milhões de aparelhos em uso no Brasil. Nos números de 2021, o Brasil continua acima da média global no consumo de smartphones, TVs e computadores, mas atrás dos Estados Unidos, que registra mais de um dispositivo por pessoa em todos os quesitos.

Responsável pela pesquisa da FGV, o professor Fernando Meirelles aponta que, em 2021, a venda de computadores registrou crescimento de 27% — cerca de 14 milhões de unidades. De acordo com a pesquisa, a projeção é que o ano de 2023 atinja o patamar de um computador para cada habitante no País, em média. Com o aumento das vendas, a pesquisa acredita que o crescimento no mercado de notebooks chegue a 10%. 

Quanto aos smartphones, o Brasil vende uma média de 3,1 celulares para cada TV. O número, entretanto, já foi maior: em 2020, a relação era de quatro celulares para cada televisão. O País também fica abaixo da média americana, com 3,8 celulares por cada TV.

Ainda, para Meirelles, uma das tendências mais observadas foi a aceleração da digitalização de empresas durante os últimos dois anos. O estudo afirma que o processo de transformação digital das companhias foi acelerado em um período de 1 a 4 anos. A forma de trabalho híbrido também é uma aposta para o próximo ano como um dos fatores de possível crescimento nas vendas dos dispositivos. 

O estudo da Fundação Getúlio Vargas contou com a participação de 2.650 médias e grandes empresas ao longo de 2021.

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