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Celular da Xiaomi passará a ser vendido em lojas físicas

Durante evento realizado em São Paulo, o vice-presidente da Xiaomi anunciou o novo sistema operacional Miui 7 e a inédita parceria da fabricante com a Vivo

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Por Matheus Mans
Atualização:

REUTERS

 

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O Redmi 2 — aposta da Xiaomi no Brasil — passará a ser vendido em lojas físicas da operadora Vivo em todo o País. Logo que chegou por aqui, o celular da fabricante chinesa podia ser comprado apenas no site oficial para evitar maiores custos e manter uma relação mais direta com os clientes. Com a parceria, os smartphones poderão ser testados e adquiridos em qualquer loja da operadora.

A novidade foi anunciada pelo brasileiro e vice-presidente da Xiaomi Hugo Barra, durante evento em São Paulo. Segundo ele, a venda de celulares em lojas da Vivo irá apenas complementar a disseminação da marca para outras pessoas.

Algumas diferenças, porém, podem ser encontradas entre as duas plataformas. Enquanto no site da Xiaomi ele é vendido por R$ 499, nas lojas da operadora brasileira ele será encontrado por R$ 249 no plano de 2GB. O valor do aparelho em outros planos não foi anunciado.

A inesperada parceria é interessante para as duas partes, aponta Sandro Cimatti, sócio-diretor da CVA Solutions, empresa de pesquisa de mercado e consultoria. “Para a Xiaomi é bom, já que ela ainda é uma marca fraca no Brasil e está se associando com uma empresa muito forte”, comenta. “Já para a Vivo, o ponto positivo é que ela terá um produto mais barato, com alta qualidade e que conseguirá atingir um publico maior.”

Ele ressalta, porém, que a associação com a Vivo indica fraqueza da fabricante chinesa no País. “A Xiaomi é uma marca pouco conhecida pelo brasileiro. Vender apenas no e-commerce é um sonho inviável”, diz. “A meu ver, esta parceria é a última atitude da Xiaomi antes de ter que jogar a toalha no mercado brasileiro.”

Em outros países em que está disponível, a Xiaomi ainda tem nas vendas online a maior fatia da receita. Lojas físicas representam a parte mais fraca da estratégia de comercialização de produtos da empresa chinesa.

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O celular começou a ser vendidos em lojas da operadora a partir de hoje, 24.

Novo sistema

Além da parceria, Barra anunciou o lançamento do novo sistema operacional da companhia. O Miui — que é adaptado do Android — entra em sua sétima versão e apresenta algumas características que o diferem do Miui 6. Além de ter quatro novos padrões de interfaces, ele apresenta serviços como fotos para tela de bloqueio que mudam diariamente, melhor performance da bateria, economia de dados de Internet, serviços voltados para crianças e até um álbum que detecta o rosto de bebês em fotos e as armazena em uma área diferente.

Com tudo isso, Barra quis chamar a atenção para o fato de que o sistema operacional da Xiaomi, além de “ser melhor do que os adversários”, é extremamente personalizável. Mostrando algumas temas que se baseiam em máquinas, pandas e até no próprio Hugo, o vice-presidente disse que o objetivo do novo Miui é fazer com que o smartphone fique com a cara da pessoa que o utiliza. “Afinal, por que seu celular não pode ser organizado como você organiza a sua casa?”

O novo sistema deverá ficar disponível para todos os usuários de celulares da Xiaomi a partir de 16 de outubro.

Novos produtos

Quando questionado sobre novos produtos, Barra ressaltou que a Xiaomi está operando há apenas três meses no Brasil e ainda é cedo para falar de novos lançamentos.

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Sobre o crescimento da fabricante, o vice-presidente se mostrou animado e com uma boa perspectiva de futuro no País. “Nosso sonho é ser a número um. Mas não trabalhamos com esse tipo de planejamento estratégico. Nós ajustamos nossos processos de acordo com o mercado para não ter nem excesso de estoques nem falta de produtos.”

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