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Conheça o brasileiro que antecipa as novidades da Apple

Guilherme Rambo, de 26 anos, já gastou até 48 horas seguidas para descobrir as novidades da empresa fundada por Steve Jobs; para este ano, ele aposta que o novo smartphone da empresa se chamará iPhone XS

31/08/2018 | 12h29

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 Por Mariana Lima - O Estado de S. Paulo

Desenvolvedor brasileiro Guilherme Rambo é conhecido por 'furar' anúncios da Apple

Guilherme Rambo

Desenvolvedor brasileiro Guilherme Rambo é conhecido por 'furar' anúncios da Apple

Leia mais

  • Em 2017, Rambo previu sensor de reconhecimento facial do iPhone X
  • Apple vai anunciar novo iPhone no dia 12 de setembro
  • Novos modelos de iPhone terão tela infinita e entrada para dois chips

Pense rápido: há quanto tempo você não atualiza o sistema operacional do seu celular? O desenvolvedor gaúcho Guilherme Rambo, de 26 anos, nunca deixa isso acontecer, seja no smartphone ou no computador, por pouco mais de alguns minutos. Não é paranoia, mas sua técnica para descobrir as novidades que a Apple trará em seus próximos aparelhos bem antes da fabricante do iPhone anunciá-las ao mundo. Quer um exemplo? Ele descobriu diversas características do iPhone X, lançado pela empresa em 2017, apenas vasculhando as últimas atualizações do iOS, o sistema operacional da empresa. 

Driblar o bloqueio da Apple não é tarefa fácil. A empresa tem diversas estratégias para evitar que seus produtos sejam divulgados antes do lançamento, como, até mesmo, evitar dizer que determinado evento será para lançar novos produtos. Mas assim como o famoso personagem do cinema interpretado por Sylvester Stallone, este Rambo também gosta de desafios. 

Rotina. O dia do desenvolvedor se divide em trabalhar em uma grande empresa de tecnologia em Florianópolis e conferir os alertas do sistema que ele próprio criou para ser notificado todas as vezes que a Apple publica uma atualização. Quando o sininho toca, é a hora de parar o que está fazendo e conferir pasta por pasta, lotadas de arquivos que parecem não fazer sentido, cheios de códigos e imagens aparentemente escolhidas ao acaso.

Para fazer suas previsões, Rambo se mune de uma estratégia chamada de engenharia reversa. Ele analisa como funciona um determinado sistema e, assim, é capaz de descobrir que tipo de tecnologia estará por trás do dispositivo que usará aquele programa. No ano passado, ao vasculhar, por exemplo, o sistema operacional da caixa de som conectada HomePod, ele descobriu detalhes sobre o iPhone X – incluindo seu design e a forma como o sistema usaria reconhecimento facial para desbloquear a tela. 

“Era uma imagem de um celular, igual o que foi anunciado como iPhone X, com uma animação que mostrava como o desbloqueio acontecia”, lembra em entrevista ao Estado. Segundo ele, é comum que os aparelhos da Apple “conversem entre si”, de forma que é possível prever como será um dispositivo a partir da atualização de outro, com pistas sobre o iPhone surgindo em códigos escritos para um iPad ou um MacBook, por exemplo. 

Relembre todos os modelos de iPhone já lançados pela Apple

  •      
O início de tudo

One more thing: com essas três palavras ("mais uma coisa", em tradução literal), Steve Jobs apresentou ao mundo o iPhone, durante a conferência Macworld, na Califórnia. 

iPhone, 2007

Revelado ao mundo em 9 de janeiro de 2007, o primeiro modelo do iPhone parece um smartphone de entrada nos dias de hoje. Com acesso à internet via 2G, câmera traseira de 2 megapixels, ele foi um dos primeiros aparelhos com tela sensível ao toque. No entanto, era um aparelho limitado, incapaz de executar dois aplicativos ao mesmo tempo – com exceção do tocador de música, uma herança do iPod. 

iPhone 3G, 2008

Em sua segunda versão, lançada em 2008, o iPhone 3G – como o nome diz – possui conectividade à internet por chips 3G, bem como o aparecimento de uma novidade importante: a loja de aplicativos App Store. 

iPhone 3GS, 2009

Os dois primeiros modelos de iPhone tinham 8 GB de armazenamento, mas no iPhone 3GS surgiram as versões com 16 GB e 32 GB de armazenamento – ainda inferiores aos HDs dos iPods da época. Além disso, a câmera traseira ganhou um megapixel – indo para 3MP – e a função de gravar vídeos.

iPhone 4, 2010

Lançado em 2010, o iPhone 4 é 24% mais fino que o seu antecessor e pela primeira vez trouxe duas possibilidades de cor: além do tradicional preto, a empresa passou a oferecê-lo na cor branca. Outra novidade é a câmera frontal, que deu início à era das selfies, enquanto a traseira ganhava flash. 

iPhone 4S, 2011

Hey Siri: na versão de 2011, foi a primeira vez que a assistente pessoal do iPhone, a Siri, deu as caras – falando apenas em inglês. A câmera traseira chegou a 8 MP e trouxe a possibilidade de fotos panorâmicas. O aparelho também recebeu uma versão com 64 GB de armazenamento. 

iPhone 5, 2012

O iPhone 5, de 2012, ganhou diversas características: a nova entrada para carregamento, chamada de Lightning, ficou 80% menor que a primeira, deixando espaço interno para o aparelho incluir outros recursos. Foi também o primeiro iPhone a ter conectividade 4G

iPhone 5C, 2013

Colorido e com revestimento de plástico, o iPhone 5C foi a tentativa da Apple de fazer um aparelho mais barato para penetrar nos mercados emergentes. A tentativa, no entanto, deu errado: o custo 'iPhone' era alto e habitantes de países como a China e até mesmo o Brasil preferiram gastar seu dinheiro no irmão mais robusto do aparelho, o iPhone 5S. 

iPhone 5S, 2013

Com design ostentação – com uma versão na cor dourada –, o iPhone 5S foi o primeiro smartphone da Apple a ter leitor biométrico de impressão digital, recurso de segurança pioneiro para a época. Além disso, a câmera traseira tinha flash duplo e ganhou recurso de filmagem em slow-motion. 

iPhone 6 e iPhone 6 Plus, 2014

Em 2014, a Apple resolveu diversificar a família de iPhones. No lugar de um único produto, a empresa trouxe ao mercado o iPhone 6 e o iPhone 6 Plus. Os dois modelos cresceram: o 6 tinha tela de 4,7 polegadas, enquanto o 6 Plus foi para 5,5 polegadas. Além disso, os dois aparelhos tinham a tecnologia NFC (comunicação de campo próximo), usada em pagamentos móveis, e tinham tela em vidro reforçado. 

iPhone 6S (e 6S Plus), 2015

O iPhone 6S teve poucas inovações com relação ao seu antecessor: lançado em 2015, o aparelho trouxe características como filmagem em resolução Ultra HD (4K) e a tecnologia 3D Touch, capaz de interpretar os tipos de pressão que o usuário exerce sobre a tela do aparelho, permitindo diferentes comandos. 

iPhone 7, 2016

O iPhone 7 se tornou resistente à água e trouxe uma mudança polêmica: o fim da entrada para fones de ouvido. Desde então, os usuários devem ouvir música com um fone sem fio (como os AirPods, vendidos no País por R$ 1,4 mil) ou usar um fone compatível com a entrada Lightning. Na versão mais poderosa, o iPhone 7 Plus, duas lentes fazem a função da câmera traseira, melhorando a qualidade de imagem e a profundidade de foco em retratos, por exemplo. 

iPhone 8 e iPhone 8 Plus, 2017

Foto: Jim Wilson/The New York Times

O iPhone 8 e o iPhone 8 Plus trouxeram poucas inovações em relação ao modelo anterior, o iPhone 7, e não foi um sucesso de vendas. Ele também foi apresentado junto com iPhone X, considerado o modelo mais disruptivo do celular até agora

iPhone X, 2017

Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Lançado em comemoração aos dez anos de smartphones da Apple, o iPhone X foi considerado uma revolução para o mercado. Trouxe reconhecimento facial, tirou o tradicional botão ‘Home’ (Início) do celular e veio com tela OLED. Toda a novidade teve o seu preço: o iPhone X se tornou o modelo mais caro já lançado pela Apple, vendido nos EUA por US$ 1 mil e R$ 7 mil no Brasil no lançamento

iPhone XS e iPhone XS Max, 2018

Sucessor do iPhone X, a versão 'S' do smartphone chegou com telas de 5,8 polegadas (iPhone XS) e em novo tamanho, de 6,5 polegadas (iPhone XS Max). Outro destaque foi a cor dourada, agregando mais um toque de luxo ao produto. O preço? Ainda US$ 1 mil (ou R$ 7 mil) nos modelos de entrada

iPhone 11, iPhone 11 Pro e iPhone 11 Pro Max, 2019

Foto: Reuters

Com o iPhone 11, foi a primeira vez que a Apple adotou uma opção de três câmeras traseiras, presentes nas versões Pro e Pro Max. A tela seguiu o padrão do modelo anterior e pode ser encontrada nos tamanhos 6,1 polegadas (iPhone 11), 5,8 polegadas (iPhone Pro) e 6,5 polegadas (iPhone Pro Max). Na versão mais simples, a empresa trouxe de volta, ainda, uma paleta de cores, com aparelhos em verde, lilás, vermelho e amarelo, além das versões branca. 

iPhone SE, 2020

Foto: Apple/Divulgação

No seu segundo iPhone SE, a Apple extraiu todas as melhores partes dos seus aparelho mais caros – incluindo um processador de computação rápido e uma excelente câmera – e as inseriu no corpo de um iPhone mais antigo com um botão Home e uma tela menor, de 4,7 polegadas. O produto chegou ao mercado pelo preço ‘baratinho’ de US$ 399 nos EUA (e R$ 3,7 mil no Brasil). 

iPhone 12, iPhone 12 Mini, iPhone 12 Pro e iPhone 12 Pro Max

Foto: Heather Kelly/Washington Post

O iPhone 12 marcou a volta da Apple para seus smartphones de lateral metálica e achatada — como eram no iPhone 5. O design mais fino e simétrico trouxe novas cores e algumas atualizações importantes, como capacidade para a rede 5G pela primeira vez em celulares da empresa. Além disso, a Apple decidiu apresentar uma versão bem pequena do aparelho: o iPhone 12 Mini. Apesar da tentativa de trazer o dispositivo com um preço mais acessível, o modelo não foi bem nas vendas e deve sair de linha na família de 2022. No Brasil, o modelo mais caro saia por R$ 14 mil.

Aprender a “quebrar” o código, porém, não é o principal desafio. Engana-se quem acha que vai encontrar, perdido por alí, expressões como “novo iPhone” ou “tecnologia de reconhecimento facial”. Para evitar que segredos industriais sejam revelados, cada produto da Apple é designado por um código interno, com combinações de letras e números que, supostamente, só os funcionários da Apple sabem o que significa. 

“Eu tenho uma tabela com todos os códigos que já descobri”, diz Rambo. “Mas nem sempre é fácil. É preciso checar muitas vezes para saber se aquela combinação é mesmo um novo produto”. Depois de passar horas nesse processo, que até tem partes automatizadas por programas escritos pelo próprio desenvolvedor, é hora de contar as novidades ao mundo. 

Previsões. Na última quinta-feira, 30, Rambo fez suas apostas para os anúncios que a Apple pretende realizar no próximo dia 12 de setembro – a empresa já enviou os convites para o evento, que deve ser a data de lançamento do novo iPhone. Segundo Rambo, haverá um novo modelo do relógio inteligente Apple Watch, com tela maior para dar espaço a novas aplicações da empresa. 

“O novo iPhone se chamará ‘XS’ e se pronuncia ‘ten éx’”, anuncia Rambo, ressaltando os detalhes. “Terá o mesmo design que o iPhone X, mas em dois tamanhos diferentes. E ah, ele vem na cor dourado também”, diz, com a naturalidade de quem vasculha o código do iOS há quase dez anos. 

Apesar da dedicação de desvendar os segredos da Apple, Rambo diz que não se interessa em trabalhar na empresa fundada por Steve Jobs. Ao menos por agora. “Alguns funcionários de lá já me disseram que eu devia me candidatar a alguma vaga. Mas eu não quero”, afirma. “A Apple tem uma série de regras e no momento eu estou curtindo meus projetos pessoais. Quem sabe no futuro?”.

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