De olho em fãs de games, Xiaomi vende celular Poco X3 no Brasil a partir de R$ 3 mil

Ponto forte do aparelho, que será importado, é o processamento; ao ‘Estadão’, fabricante chinesa afirma que pausou seus planos de fabricação local

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Por Giovanna Wolf
Atualização:
Poco X3, da Xiaomi Foto: Xiaomi

A fabricante chinesa Xiaomi anuncia nesta quinta-feira, 8, a chegada do celular Poco X3 ao Brasil. O novo smartphone, de categoria intermediária, é uma aposta da empresa para o público fã de games, sendo o processamento o principal destaque. O Poco X3 será lançado em duas versões: o modelo com 64 GB de armazenamento custará R$ 3 mil, enquanto a opção com 128 GB terá preço de R$ 3,3 mil. 

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O novo celular é equipado com o processador Snapdragon 732G, dedicado a games e processamentos gráficos. O Poco X3 também possui um recurso chamado Game Turbo, que adapta o aparelho para jogos: ao você receber uma ligação, por exemplo, a ferramenta evita que a chamada interrompa o jogo, mostrando a notificação em um canto na tela. A Xiaomi afirma que o aparelho consegue suportar bem “até os jogos mais pesados”. 

O smartphone tem tela de 6,67 polegadas e taxa de atualização de imagem de 120 Hz. Sua bateria é de 5.160 mAh, que promete autonomia de uso em jogos de até 10 horas. Além disso, o Poco X3 conta com a opção de carregamento rápido —segundo a Xiaomi, cerca de uma hora é suficiente para carregar totalmente o celular. 

Quanto a câmeras, o Poco X3 tem quatro lentes traseiras, com sensor principal de 64 M, um ultra-angular de 13 MP, um macro de 2 MP e um de profundidade de 2 MP. 

O aparelho da Xiaomi também possui a tecnologia NFC, de comunicação por proximidade —o recurso é compatível, por exemplo, com o meio de pagamentos por aproximação Google Pay. O celular está disponível nas cores cinza e azul. 

O Poco X3 tem quatro lentes traseiras Foto: Xiaomi

Próxima aposta

O celular marca o fortalecimento da linha Poco ao País —até então, a Xiaomi só oferecia por aqui o Pocophone F1, enquanto as linhas Redmi, Redmi Note e Mi contavam com mais modelos. Neste mês, a empresa também criou um conta no Twitter para a marca Poco, reforçando sua aposta na categoria. 

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“Pretendemos trazer cada vez mais modelos dessa linha ao País. Há uma demanda grande por smartphones voltados a games no mercado brasileiro”, afirma Luciano Barbosa, diretor da Xiaomi no Brasil, em entrevista ao Estadão. “Apostamos inicialmente em outras linhas aqui para o Brasil, focando principalmente em aparelhos de entrada e intermediários. Agora que já estabilizamos esse fornecimento, queremos atender à demanda desse nicho”.

O executivo afirma que a Xiaomi já vê sinais de recuperação no mercado após uma queda global na venda de smartphones no início da pandemia. “Estamos percebendo a chegada de uma demanda retraída: temos visto o aumento de procura por celulares e produtos do nosso ecossistema nas lojas físicas”, diz Barbosa. O desafio, porém, tem sido estabelecer os preços dos produtos no Brasil: “A oscilação do dólar é o que mais nos prejudica”. 

Apesar do sinal de retomada, Barbosa afirma que o plano da empresa de iniciar uma fabricação local está em pausa. “Estamos vivendo um momento com muitas incógnitas. Esse estudo foi suspenso até que possamos enxergar um cenário mais claro de reação do mercado à pandemia”, afirma o diretor da Xiaomi no Brasil. 

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