Galaxy Note 9 é dos melhores celulares do mercado – mas isso tem seu preço

Novo aparelho da Samsung tem ótima câmera, performance veloz e caneta que faz a diferença, mas custa a partir de R$ 5,5 mil

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Por Henrique Martin
Atualização:
A configuração interna do Galaxy Note 9 é quase igual ao Galaxy S9 Plus, lançado em março, com pequenos ajustes Foto: Lucas Jackson/Reuters

O Samsung Galaxy Note 9 é a mais nova versão do smartphone gigante dos coreanos com caneta stylus, chamada de S Pen, para escrever na tela. Agora, a caneta funciona como controle remoto, o que faz a diferença e completa a experiência de uso do aparelho – que inclui ainda uma câmera muito boa, uma bateria de duração excelente e um smartphone com performance veloz. 

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É um dos melhores smartphones à venda no Brasil, junto com o irmão mais velho Galaxy S9 Plus. Mas tanto poder tem seu preço, o que transforma o Note 9 em um aparelho de nicho: os preços sugeridos começam em R$ 5.499 (128 GB/6 GB de RAM nas cores azul e preto) e chegam a R$ 6.499 (512 GB/8 GB de RAM na cor cobre). 

Configuração. A configuração interna do Galaxy Note 9 é quase igual ao Galaxy S9 Plus, lançado em março, com pequenos ajustes. São duas versões disponíveis, uma com 128 GB de armazenamento interno e 6 GB de RAM, e outra com 512 GB de armazenamento interno e 8 GB de RAM. 

Ambas têm uma tela grande de 6,4 polegadas, usam processador Qualcomm Snapdragon 845 na versão vendida no Brasil, rodam Android 8.0 “Oreo" e vem com câmera dupla traseira de 12 megapixels com a mesma adoção da abertura variável na lente principal.

Design. O desenho industrial do Note 9 segue a linha do Note 9 também com pequenos ajustes - formato retangular, melhor acabamento nas laterais, uso de alumínio nas bordas e a mais que bem-vinda mudança do leitor de impressões digitais para abaixo da câmera (e não ao lado, como na edição anterior), mas no uso diário o desbloqueio bastante veloz por íris se prova mais eficiente (e seguro). A caneta S Pen está um pouco mais grossa que as versões anteriores e seu design segue a cor do aparelho no caso dos modelos em preto ou cobre. Na versão azul, a caneta agora é amarela. 

Assim como nos demais aparelhos topo de linha da Samsung, o Note 9 oferece proteção padrão IP68 contra água e poeira e usa o conector padrão USB-C para recarga da bateria e troca de dados com o computador. Os fones de ouvido são os mesmos do S9 Plus, da marca AKG, com boa qualidade sonora e acabamento em tecido no fio. 

A configuração interna do Galaxy Note 9 é quase igual ao Galaxy S9 Plus, lançado em março, com pequenos ajustes Foto: Lucas Jackson/Reuters

Uma novidade no Note 9 é a capacidade de conectar – com qualquer adaptador para HDMI – o smartphone à TV e ativar de forma automática o modo Dex, que transforma o Note 9 em um ambiente similar ao de um desktop de computador. Até então, era preciso usar um acessório vendido à parte para ativar o modo Dex. 

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Caneta. Como os modelos anteriores da linha Note, o principal benefício da caneta S Pen é tomar notas na tela – basta removê-la do compartimento e começar a escrever, sem mesmo desbloquear o aparelho. As demais funções anteriores do Note 8 estão presentes na nova versão: capturar a tela em uso e fazer anotações em cima, criar GIFs animados para mensagens, utilizar o aplicativo Samsung Note, que é uma central de anotações, e o app/rede social S Pen, para compartilhar pinturas, desenhos e ilustrações feitos com a “canetinha”. 

Mas isso é o básico da S Pen, voltado a produtividade. Agora, no Note 9, a S Pen ganha recursos de controle remoto. A engenharia da Samsung colocou uma bateria minúscula (que dura em torno de 30 a 45 minutos) e um transmissor Bluetooth de baixo consumo de energia para transformar o botão da S Pen em um “clicador”. Serve de controle remoto para selfies, para apresentações, controlar músicas e vídeos. É um recurso simples e eficiente. Se a bateria da S Pen acabar, cerca de 30 segundos no compartimento do telefone dão uma recarga para mais um tempo de uso. 

Caneta do Galaxy Note 9 é bom diferencial: agora, além de anotações, ela também serve como controle remoto para fotos Foto: Lucas Jackson/Reuters

Câmeras. A câmera dupla (uma para fotos de ângulo aberto e outra com zoom óptico de 2x) de 12 megapixels de resolução é a mesma do Samsung Galaxy S9 Plus, com a abertura variável na lente - o smartphone alterna de forma automática entre uma maior abertura (f/1.5) que permite capturar imagens em condições ruins de luz sem precisar usar flash e uma maior abertura (f/2.4) para fotos em condições melhores de iluminação, como uma lente de uma câmera profissional. 

Os resultados são similares às fotos tiradas com o S9 Plus, com fotos muito boas em excelente condição de luz, principalmente com o uso de zoom, e também em cenas noturnas sem flash. O modo de Foco Dinâmico continua bom, mas ainda inferior à solução da Apple no iPhone X, e o Note 9 também faz vídeos em câmera lenta.

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Desempenho. A performance do Note 9 também é igual ao S9 Plus (leia-se “muito rápida”), por conta da configuração que recebemos para review - um modelo coreano com processador Samsung Exynos (que não será vendido por aqui), 128 GB de armazenamento interno e 6 GB de memória RAM. 

A grande evolução aqui é a bateria: por conta do problema das baterias explosivas do Galaxy Note 7 em 2016, o Note 8 tinha uma com capacidade de apenas 3.300 mAH. Agora, o Note 9 tem uma bateria de 4.000 mAH, provando que a Samsung retomou a confiança em suas baterias. E isso reflete em carga para o dia todo, chegando ao final do dia até com 40% de carga após uso intenso desde retirar da tomada logo cedo. No Note 8, eram até 35% de carga restante ao final de um dia de uso. 

A interface Samsung Experience (mesma usada nos demais aparelhos da marca) continua a oferecer a assistente virtual Bixby, que ainda não fala português com o dono do telefone. Vale repetir o que dissemos sobre o Note 8: felizmente, a Bixby pode ser desativada de forma rápida. 

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