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Há 10 anos, iPhone acelerou revolução dos smartphones

Celular da Apple inovou ao introduzir tela sensível ao toque e ao dar início a uma nova indústria de aplicativos

Foto do author Matheus Mans
Por Claudia Tozzeto e Matheus Mans
Atualização:
iPhone 7, última versão do smartphone da Apple, foi lançada em setembro de 2016 Foto: Beck Diefenbach/Reuters

Centenas de pessoas amontoadas em filas em frente às lojas da Apple, muitas delas gritando, marcaram a chegada da primeira versão do iPhone às lojas dos Estados Unidos, em 29 de junho de 2007, há exatos dez anos. A euforia era resultado de seis meses de espera desde que Steve Jobs, cofundador da Apple, havia mostrado o smartphone com tela sensível ao toque pela primeira vez. O iPhone era um símbolo de uma nova era dos celulares. Naquela época, porém, ainda era impossível saber que ele influenciaria tanto o futuro de outras áreas, como audiovisual, software e telecomunicações.

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O iPhone não foi o primeiro smartphone a chegar ao mercado. No início da década de 2000, grandes fabricantes de celulares, como Nokia e BlackBerry, já vendiam aparelhos móveis capazes de acessar à internet e receber e-mails, mas a maioria deles estavam restritos às mãos de executivos.

“Foram várias as tentativas da indústria de trazer o computador corporativo para as mãos das pessoas. Mas eles eram complexos de usar e tinham teclados minúsculos e impossíveis”, lembra a jornalista Renata Mesquita, que acompanhava o mercado de tecnologia e cobriu o lançamento do iPhone nos EUA em 2007 (leia depoimento abaixo). “A Apple acertou ao tornar não só o trabalho, mas a vida pessoal, acessível às pessoas com poucos toques na tela.”

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A maior inovação da Apple com o iPhone, segundo especialistas consultados pelo Estado, foi a tela sensível ao toque. Ela tornou-se a base para uma nova geração de dispositivos da marca, que passou por novas gerações do tocador de música iPod, pelo tablet iPad e pelos relógios inteligentes Watch. “Essa foi a primeira grande revolução que o aparelho causou”, diz o analista de pesquisas da IDC Brasil, Leonardo Munin. “Nos anos seguintes, o aparelho também foi o primeiro a ter uma loja de aplicativos e a lançar uma assistente pessoal, a Siri.”

Apps. Com a abertura da App Store, em julho de 2008, se tornou possível a qualquer programador criar aplicativos móveis e distribuí-los globalmente. Com o avanço e popularização do sistema operacional Android, que foi adotado em massa pelos principais rivais da Apple nos anos seguintes, o mercado de aplicativos explodiu. Segundo dados da empresa de pesquisa App Annie, a receita do segmento de apps deve crescer de US$ 88 bilhões em 2016 para US$ 188 bilhões em 2020 – entre venda de aplicativos, comércio de itens dentro dos apps e exibição de publicidade.

“O iPhone e o seu extenso ecossistema de desenvolvedores são a força motriz por trás do sucesso da Apple”, disse o vice-presidente de pesquisas da consultoria Gartner, Brian Blau, em entrevista ao Estado.

Foi justamente a loja de aplicativos que impulsionou a carreira do desenvolvedor paulistano Breno Masi, 34 anos. Ele foi o primeiro brasileiro a desbloquear o iPhone, numa época em que o dispositivo era de uso restrito com chips de algumas poucas operadoras. Com a abertura da loja, ele viu uma oportunidade única. Em quase dez anos, Masi já participou da criação de mais de 800 aplicativos no País, entre eles, alguns grandes sucessos globais, como o aplicativo de conteúdo para crianças PlayKids, que hoje já possui mais de 6 milhões de usuários em todo o mundo.

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