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Intel anuncia oitava geração de chips para computadores

Primeiros notebooks e computadores de mesa com os processadores chegarão ao mercado em setembro; empresa promete melhoria de até 40% no desempenho de máquinas

Por Claudia Tozzeto
Atualização:
Nova geração de chips da Intel: primeiros computadores devem chegar às lojas dos EUA em setembro Foto: Intel

A Intel anunciou nesta segunda-feira, 21, o lançamento de sua oitava geração de processadores para computadores. Segundo a empresa, eles oferecem desempenho 40% superior à sétima geração, chamada de Kaby Lake -- presente na maioria dos modelos mais recentes de computadores à venda nas lojas de todo o mundo. Os primeiros computadores com a oitava geração de chips da Intel devem começar a chegar às lojas em setembro deste ano nos Estados Unidos -- no Brasil, os computadores em geral chegam a tempo para a temporada de compras de Natal.

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Ao contrário das gerações anteriores, porém, os novos chips representam uma atualização em relação a Kaby Lake, em vez de uma mudança total de arquitetura dos processadores. Assim como a geração anterior, os chips oferecem arquitetura de 14 nanômetros. Contudo, segunda fabricante, futuros lançamentos da oitava geração devem oferecer novas arquiteturas que ainda estão em desenvolvimento. "A oitava geração vai incluir alguns de nossos produtos com arquitetura de 10 nanômetros", afirmou Gregory Bryant, vice-presidente da Intel, no blog oficial da empresa.

De acordo com a Intel, embora os primeiros chips da oitava geração sejam semelhantes aos da sétima, em termos de arquitetura, eles receberam uma série de melhorias. Os novos processadores, por exemplo, ganharam dois núcleos extras -- o que permite tornar mais rápido o processamento, ao mesmo tempo em que cai o consumo de energia --, além disso, o design dos produtos também foi alterado para melhorar o desempenho final.

Novas tecnologias, como vídeo com resolução Ultra HD (4K), realidade virtual e outras também foram consideradas no desenvolvimento dos novos chips. "O ritmo da inovação na indústria de tecnologia nunca para de me surpreender", disse Bryant, no blog. "Há cinco anos, um notebook fino tinha mais de 20 milímetros de espessura, o 4K estava apenas começando e o Oculos estava em uma campanha de financiamento coletivo. Hoje, os notebooks têm menos de 11 milímetros, o conteúdo 4K é abundante e a realidade virtual está sendo colocada dentro do sistema operacional que as pessoas usam diariamente."

Repercussão. O lançamento de uma nova geração de processadores da Intel, sem grandes mudanças na arquitetura como ocorria no passado, causou certa estranheza entre os críticos de tecnologia. A fabricante, porém, justifica que não focou apenas na perspectiva técnica, mas na percepção dos usuários sobre o ganho de desempenho. Há quem defenda que a fabricante deveria ter lançado sua próxima geração quando a arquitetura chamada Coffee Lake -- anterior à Cannon Lake -- estivesse disponível.

A Intel é a maior fabricante de processadores de computadores do mundo, com cerca de 70% do mercado global. A empresa conseguiu se manter na liderança do mercado durante tanto tempo graças à Lei de Moore, cunhada pelo cofundador da Intel, Gordon E. Moore, em 1965. Ele determinou que a quantidade de transistores -- componentes elétricos usados nos processadores -- dobraria a cada todo ano em novos processadores, sem que os custos de fabricação aumentassem. Ao longo dos anos, a lei foi atualizada e a Intel conseguiu, durante muito tempo, lançar novas gerações de processadores em um período entre 12 e 18 meses.

Contudo, o salto de arquitetura, isto é, a miniaturização dos transistores, desacelerou nos últimos anos, ao mesmo tempo em que as vendas de computadores. Desde 2015, por exemplo, a Intel continua fabricando novos processadores de 14 nanômetros. Estava previsto que os primeiros chips de 10 nanômetros fossem anunciados na oitava geração de chips, o que não aconteceu. A fabricante promete apresentar os primeiros processadores na nova arquitetura nos próximos meses e já anunciou que está trabalhando em uma nova geração de chips, chamada de Icy Lake, que deve substituir a oitava geração de processadores nos próximos anos.

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