Na corrida para frear o coronavírus, Google e Apple estão em um programa de colaboração para desenvolver uma tecnologia capaz de monitorar o avanço da doença. Nesta segunda-feira, 13, foi anunciado que o iOS 13 e os sistemas operacionais Android, a partir do 6.0, estarão aptos a receber a atualização que contém a tecnologia.
Os dispositivos vão rastrear os casos de coronavírus por meio do Bluetooth e a partir da localização das pessoas. Para abranger o maior número possível de celulares, as empresas trabalham em uma atualização no sistema operacional para obter as informações sem que seja necessário ter um aplicativo instalado no aparelho.
Segundo a Apple, mais de 75% de seus aparelhos estão funcionando com a versão iOS 13 do sistema operacional, o que permite que a próxima atualização inclua a maior parte de seus usuários.
Já em aparelhos que utilizam Android, onde as versões diferem um pouco mais entre seus usuários, a faixa de atualização será um pouco maior, começando pelo Android 6.0, lançado em 2015. As empresas afirmaram ainda que a atualização deve ocorrer em meados de maio.
Como a tecnologia funciona
O projeto será implementado em duas fases: na primeira, ambas lançarão APIs (interface de programação de aplicações, na sigla em inglês) que poderão ser embutidas em aplicativos feitos tanto para iOS quanto para Android por agências de saúde e outros parceiros do projetos. Com isso, ao instalar esses apps, o telefone utilizará o Bluetooth para detectar se o usuário se aproximou de pessoas possivelmente contaminadas. A primeira fase deve ser concluída no mês de maio. Os aplicativos de saúde pública passarão por um processo de aprovação para obter acesso a essas APIs.
Na segunda fase, o trabalho seria estendido de maneira mais avançada nos próprios sistemas operacionais das empresas. A funcionalidade está prevista para os "próximos meses". Quando isso acontecer, a 'conversa' entre sistemas poderá acontecer por diferentes aplicativos, e não apenas onde as APIs foram instaladas.As empresas dizem que o projeto deve ser encerrado ao final da pandemia. Ainda não há informações específicas para o Brasil.