Microsoft deixa de ser alvo fácil para hackers

Empresa por trás do Windows, sistema operacional mais popular do mundo, investe US$ 1 bi ao ano em ações para manter sistemas seguros

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Por Redação Link
Atualização:

AP

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por Nick Wingfield, do The New York Times

A Microsoft já foi um exemplo de tudo que pode dar errado no que diz respeito à segurança em tecnologia. Seus produtos eram tão infestados de vulnerabilidades que o cofundador da companhia, Bill Gates, chegou a mandar todos os engenheiros da Microsoft pararem de escrever novos códigos por um mês e resolvessem os problemas presentes no software já produzido.

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Nos últimos anos, porém, a Microsoft colocou a casa em ordem. A mudança chegou até mesmo a impressionar especialistas como Mikko Hypponen, chefe de pesquisa da F-Secure, empresa de segurança finlandesa, que costumava criticar práticas da Microsoft.

“Eles se transformaram do pior para o melhor. A mudança foi total. Eles começaram a levar a questão da segurança a sério”, diz Hypponen.

Apesar disso, os episódios de invasões têm se tornado cada vez mais assustadores, dentre eles o roubo de dados pessoais de milhões de clientes da Target e terabytes de e-mails pessoais da Sony Pictures Entertainment (as duas empresas usam alguns dos produtos da Microsoft). Embora a Microsoft não tenha sido responsabilizada, críticos insistem que a gigante da tecnologia tem de fazer ainda mais para tornar seus sistemas digitais resistentes a violações e furtos.

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O CEO da Microsoft, Satya Nadella, está ouvindo esses apelos. Na semana passada, ele fez um discurso para funcionários da área de tecnologia do governo norte-americano, em Washington, sobre a importância da segurança no negócio de tecnologia e como a Microsoft evoluiu para lidar com ameaças de segurança.

Em entrevista, Nadella disse que seu objetivo é explicar como os produtos da Microsoft tornaram mais difícil para os hackers invadirem seus PCs e como a companhia eliminou as divisões corporativas, que separavam gestores de segurança, para melhorar a forma como as informações sobre ameaças são compartilhadas.

“É como ir à academia todos os dias”, disse Nadella, que corre quase cinco quilômetros por dia. “Você não pode dizer que leva a segurança a sério sem manter a segurança no topo da lista de prioridades a cada segundo, a cada hora do dia.”

A Microsoft gasta atualmente mais de US$ 1 bilhão por ano em iniciativas relacionadas à segurança, dentre elas aquisições. A empresa comprou três startups do setor somente no ano passado e o número de funcionários da área de segurança na companhia aumentou 20%.

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Logo depois de se tornar o CEO da empresa, em fevereiro de 2014, Nadella instituiu a realização de uma reunião mensal com líderes de segurança de toda a empresa. Eles discutem as tendências da indústria e analisam ameaças.

Ele também alterou como a Microsoft observa a internet no que diz respeito a ataques de hackers, uma função que havia sido fragmentada entre diferentes grupos de produtos na companhia. Atualmente, a Microsoft paga mais aos hackers quando eles encontram e informam a empresa a respeito de uma brecha de segurança.

Vários bugs continuam a ser descobertos no Windows, mas os temores sobre a segurança têm diminuído. Nos ataques mais recentes, hackers se aproveitaram das fraquezas de softwares da Adobe e da Oracle e não do software da Microsoft. /TRADUÇÃO DE PRISCILA ARONE

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