Pesquisadores de Stanford criam privada que faz reconhecimento anal por algoritmos

Publicação na revista 'Nature', mostra equipamento que poderia ser usado para a detecção de diferentes tipos de doença, incluindo câncer

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Por Redação Link
Atualização:
Privada conectada faz reconhecimento biométrico do ânus Foto: Stanford/Divulgação

Cientistas da universidade Stanford, nos EUA, criaram uma privada inteligente que usa algoritmos e sensores de movimento para detectar a saúde dos usuários - o aparelho analisa urina e fezes, além de fazer o reconhecimento do ânus por imagem. O estudo foi publicado na edição de 6 de abril da revista Nature, uma das mais respeitadas publicações científicas do mundo. 

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"Sabemos que parece estranho, mas a sua impressão anal é única", afirmou em comunicado Sanjiv Gambhir, pesquisador que liderou o estudo. Segundo ele, o invento poderia ser usado para identificar sinais de câncer de cólon e de próstata. A ideia é que o equipamento possa fazer monitoramento contínuo, parte da rotina das pessoas - é algo feito em outras áreas de saúde, por exemplo, por relógios conectados, como o Apple Watch. 

"Todo mundo usa o banheiro - não tem como evitar - e isso aumenta o valor desse equipamento como detector de doenças", falou Gambhir. 

Nos modelos apresentados, a privada tem sensores de pressão que a colocam em funcionamento quando alguém senta. Câmeras registram as fezes - os dados são enviados para um servidor criptografado na nuvem que procura inconsistências que indicam problemas de saúde. O mesmo se aplica ao ânus do usuário. Em relação à urina, sensores detectam o fluxo, a velocidade e o volume produzido.

Até o o momento, a privada conectada foi testada em 21 pessoas - em um estudo com outras 300 pessoas, 52% disseram se sentiriam confortáveis de alguma forma ao utilizar o equipamento. Ainda não há indicações de uso amplo e comercial do aparelho. 

"Para ter todos os benefícios da privada inteligente, os usuários devem ficar tranquilos com uma câmera que escaneia seus ânus", disse Gambhir. 

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