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Swatch quer lançar sistema operacional para relógios inteligentes até 2018

Tradicional fabricante de relógios coloca os olhos no mundo dos dispositivos vestíveis e quer concorrer com Google e Apple

Por Agências
Atualização:
Nick Hayek, presidente executivo da suíça Swatch Foto: AFP/Fabrice Coffrini

A Swatch, uma das mais tradicionais marcas de relógios da Suíça, está desenvolvendo um sistema operacional para relógios inteligentes. A ideia, segundo o presidente executivo da companhia, Nick Hayek, é que o sistema seja uma alternativa mais flexível do que os sistemas dominantes – Android Wear e WatchOS, de Google e Apple, respectivamente – do setor. 

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A maior fabricante de relógios do mundo tem sido cética em relação a relógios inteligentes. Por enquanto, a empresa lançou apenas relógios com recursos de conexão limitados em suas linhas Tissot e Swatch. No entanto, a empresa sabe que precisa se mexer – segundo a consultoria CCS Insight, a expectativa é de que o mercado de dispositivos vestíveis movimente US$ 16,9 bilhões até 2021, com 185 milhões de unidades vendidas por ano. 

Em entrevista, o presidente da Swatch disse que os maiores problemas enfrentados pelos concorrentes de relógios inteligentes são relacionados ao consumo de energia e privacidade. 

O grupo Swatch, cujas marcas também incluem a Omega, disse no mês passado que estava trabalhando com o instituto de pesquisa suíço CSEM para lançar um "ecossistema" para objetos conectados até o final de 2018.

A Swatch disse que isso ofereceria proteção absoluta de dados e consumo de energia ultra-baixo e não precisaria de atualizações regulares.

"Não quero me tornar o padrão da indústria para smartwatches", disse Nick Hayek na quinta-feira, 17, acrescentando que seria perigoso se todo mundo dependesse de apenas um ou dois sistemas operacionais dominantes.

"Na Suíça, temos muita experiência quando se trata de criar algo que é menor, consome muito menos energia, é independente e mais econômico e pode entrar em pequenos objetos", disse ele.

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Para Ben Wood, analista da CCS Insight, disse que há perigos na Swatch na tentativa de construir seu próprio sistema, acrescentando que seria difícil competir com Google, Samsung e Apple, que têm mais recursos nessa área.

"A Swatch pode desenvolver sua própria plataforma de software, mas para atrair desenvolvedores para ter acesso aos aplicativos mais populares precisa de um sistema operacional com escala", disse Wood. "Basta olhar para como a BlackBerry acabou abandonando seu próprio software nos smartphones e você vai entender isso". 

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