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6 games brasileiros para ficar de olho em 2017

Estúdios veteranos e produtoras novatas trazem novidades para PCs, smartphones e consoles; veja destaques

Por Bruno Capelas
Atualização:
Parceria de Pedro 'Santo' Medeiros com o canadense Noel Berry, Skytorn é um jogo de aventura "à moda antiga" Foto:

Há alguns anos a produção de games no Brasil têm crescido consideravelmente – hoje, há 122 associados à Associação Brasileira de Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames), principal entidade da indústria nacional de jogos eletrônicos. Além disso, a produção tem se diversificado, com games de diferentes gêneros e para várias plataformas, dos smartphones aos PCs e consoles. Abaixo, confira seis jogos que têm potencial para fazer sucesso e te viciar ao longo deste ano. 

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SKYTORN (foto acima)Quem faz: parceria de Pedro Medeiros (MiniBoss) com o canadense Noel BerryPlataforma: PC e PS4Quando sai? Segundo semestre de 2017

O estúdio paulistano MiniBoss, da dupla Pedro ‘Santo’ Medeiros e Amora Bettany, se tornou conhecido com dois jogos: o fofo Out There Somewhere e o divertidíssimo TowerFall Ascension – projeto do canadense Matt Thorson no qual os brasileiros colaboraram com as artes. Agora, Medeiros colabora com outro canadense, Noel Berry, em Skytorn, um jogo de aventura e exploração com visual em pixel art, à moda dos videogames dos anos 1980 e 1990. “Nunca fomos tão ambiciosos”, diz Medeiros. O game, inspirado em referências como Super Metroid, Diablo e Zelda, tem uma protagonista feminina: Névoa. “A discussão sobre gênero nos interessa muito. É importante estimular essa conversa e desaprender que o personagem branco e hétero é o normal”, diz o desenvolvedor. 

Ainda que concebido originalmente antes de Overwatch, o granadeiro de Ballistic Overkill lembra o Junkrat do game da Blizzard Foto: Aquiris Game Studio

BALLISTIC OVERKILLQuem faz: Aquiris (RS)Plataforma: PCQuando sai?: primeiro trimestre de 2017

Inicialmente lançado em 2011 como um jogo para o Facebook, ainda como Ballistic, o game de tiro Ballistic Overkill ganha nova vida em 2017. Descrito como “um filho de Call of Duty com Overwatch e Team Fortress 2”, o jogo de tiro da produtora gaúcha Aquiris tem sua versão definitiva no início de 2017, depois de passar cerca de um ano e meio em desenvolvimento aberto (Early Access, no qual jogadores podem testar o game durante sua criação). Com gráficos muito bem polidos (uma das marcas da Aquiris) e uma jogabilidade dividida em tipos diferentes de jogador, Ballistic Overkill terá modos para um e vários jogadores (multiplayer) e quer brigar de igual para igual com jogos populares na plataforma, como Counter-Strike: Global Offensive. 

PS: Maior sucesso da Aquiris até aqui, Horizon Chase também deve ganhar uma nova versão em 2017. Inspirado nos jogos de corrida dos anos 1990, o game sai para PC e consoles com um destaque: um modo de jogo com tela dividida, para vários jogadores se enfrentarem no mesmo sofá. 

Estreantes, os paulistas da Void Studios trazem Eternity: The Last Unicorn, com inspiração mitológica Foto:

ETERNITY: THE LAST UNICORNQuem faz:Void Studios (SP)Plataforma: PC, Xbox One e PS4Quando sai? Primeiro trimestre de 2017

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Inspirado na mitologia nórdica, Eternity: The Last Unicorn é o primeiro jogo do estúdio Void Studios, de São Paulo. É tudo feito em família: quem comanda a criação do jogo são os irmãos Castro, que foram auxiliados pelo pai, professor de Engenharia da Computação, na criação do game. Desenvolvido nos últimos dois anos, o jogo conta a história de um guerreiro viking e de uma elfa, cujos caminhos vão se encontrar ao longo da narrativa. “Usamos referências como Onimusha, Resident Evil e a série Souls”, explica Luiz Roberto Castro, diretor de game design de Eternity. 

Dos brasilienses da Behold, Galaxy of Pen and Paper é um game de RPG com pegada de ficção científica. Foto:

GALAXY OF PEN AND PAPERQuem faz: Behold (DF)Plataforma: PC e dispositivos móveisQuando sai? Meio do ano

Um dos principais estúdios do País, a Behold volta ao seu maior hit em 2017. Galaxy of Pen and Paper, previsto para o meio do ano, leva para a ficção-científica o que Knights of Pen and Paper, de 2013, tinha do mundo medieval. “Somos fanáticos por clássicos e contos alternativos de sci-fi”, diz Saulo Camarotti, um dos sócios-fundadores da Behold. Em comum entre os dois jogos, além do nome, o visual retrô dos anos 1990, os textos bem-humorados, as referências espertas à cultura pop e a mecânica, que imita os bons e velhos RPGs de mesa, como Dungeons and Dragons e GURPS. Mas Camarotti avisa: “é um novo jogo criado, com features muito diferentes, mas sem perder a brincadeira e temática do universo Pen & Paper”. Vale lembrar: Knights of Pen and Paper vendeu 3 milhões de cópias desde seu lançamento, e deu tão certo que os brasilienses venderam os direitos da marca à publisher sueca Paradox Interactive. Em 2015, o estúdio finlandês Kyy Games fez Knights 2, do qual os brasileiros ganharam royalties. 

PS: Além de Galaxy, a Behold também prepara para este ano a versão para consoles de Chroma Squad, seu “simulador de Power Rangers”. O jogo será lançado no exterior em parceria com a Bandai-Namco, da série Dark Souls e de Pac-Man. 

Desenvolvido há três anos, Alkymia usa a prática da Idade Média como pano de fundo para aventura Foto:

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ALKYMIAQuem faz: Bad Minions (DF)Plataforma: PCQuando sai? Setembro

Outro estreante de 2017 é o estúdio brasiliense Bad Minions, que divide paredes com a Behold em uma mesma casa em Brasília. Os estilos de jogo, porém, são bem diferentes: Alkymia é um game de aventura em 3D, com visual “contemporâneo”. O protagonista é Seth, um aprendiz de alquimista que perdeu a memória e precisa se reencontrar. No caminho, ele vai aprender sobre os elementos da natureza. “Tudo o que o jogador pode fazer está relacionado à alquimia. Se quiser abrir uma porta, vai precisar usar uma poção de vento”, explica Leonardo Batelli, programador da Bad Minions. A empresa, que trabalha no game há três anos, prevê o lançamento para PCs em setembro – versões para PlayStation 4 e Xbox One não estão descartadas. 

Parceria de Pedro 'Santo' Medeiros com o canadense Noel Berry, Skytorn é um jogo de aventura "à moda antiga" Foto:

SKYTORNQuem faz: parceria de Pedro Medeiros (MiniBoss) com o canadense Noel BerryPlataforma: PC e PS4Quando sai? Segundo semestre de 2017

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O estúdio paulistano MiniBoss, da dupla Pedro ‘Santo’ Medeiros e Amora Bettany, se tornou conhecido com dois jogos: o fofo Out There Somewhere e o divertidíssimo TowerFall Ascension – projeto do canadense Matt Thorson no qual os brasileiros colaboraram com as artes. Agora, Medeiros colabora com outro canadense, Noel Berry, em Skytorn, um jogo de aventura e exploração com visual em pixel art, à moda dos videogames dos anos 1980 e 1990. “Nunca fomos tão ambiciosos”, diz Medeiros. O game, inspirado em referências como Super Metroid, Diablo e Zelda, tem uma protagonista andrógina: Névoa. “A discussão sobre gênero nos interessa muito. É importante estimular essa conversa e desaprender que o personagem branco e hétero é o normal”, diz o desenvolvedor. 

Guardiões da Harpia será um jogo gratuito para dispositivos móveis, no estilo 'runner' Foto:

GUARDIÕES DA HARPIAQuem faz: Duaik (SP)Plataforma: dispositivos móveis AndroidQuando sai? Segundo semestre de 2017

Lançado em 2015, Aritana e a Pena da Harpia foi o primeiro jogo brasileiro a sair para o Xbox One. Em formato de plataforma (como os clássicos Mario e Sonic), o game mostrava a busca do índio Aritana pelo elemento mágico do título – e ganhou apelidos como “índio game” e “Mario brasileiro”. Dois anos depois, a Duaik planeja duas continuações para a história. A primeira delas a sair do forno será Guardiões da Harpia, jogo para dispositivos móveis. Gratuito e com microtransações, o game deverá ser um “runner” – mesmo estilo de jogos como Subway Surfers e Temple Run, no qual o personagem corre automaticamente pela tela em busca de moedas e fugindo de inimigos. Para 2018, a empresa prevê ainda a continuação de Aritana, por enquanto chamada de Aritana e a Flecha Fantasma. “Vai ser um jogo em 3D, com puzzles e ação frenética, inspirado em jogos como Tomb Raider”, avisa Rodrigo Modena, presidente executivo da Duaik. 

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