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Após quatro anos, jogo brasileiro Heavy Metal Machines chega ao público

Inspirado em League of Legends e no rock, jogo da catarinense Hoplon tem versão beta aberta ao público; estúdio de 60 pessoas prevê lançamento oficial para terceiro trimestre

Por Bruno Capelas
Atualização:
Jogo tem carros como heróis e muito heavy metal em cenário pós-apocalíptico Foto:

Se seu sonho sempre foi entrar em batalhas online com carros velozes ao som de um bom heavy metal, ele está apenas a alguns cliques de distância de você: na última terça-feira, 31, o estúdio catarinense Hoplon colocou no ar, gratuitamente, a versão beta de Heavy Metal Machines, seu novo game, desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos. Disponível apenas para PC, o jogo terá uma fase aberta de testes ao longo dos próximos meses, e deve ganhar uma versão definitiva no final do ano – mas já pode ser testado por qualquer jogador. 

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Gratuito, Heavy Metal Machines tem duas inspirações fortes: os jogos competitivos do gênero MOBA (arena de batalha online para vários jogadores, na tradução literal), como League of Legends e Dota 2 e games antigos que misturavam rock e velocidade, como Rock’n’Roll Racing. 

No game, dois times de quatro jogadores escolhem seus carros e têm como missão levar uma bomba do centro do tabuleiro até a base do inimigo. Quem fizer isso três vezes durante o jogo vence a partida. “Como é um jogo com velocidade, com carros, a arena é bem dinâmica e tem vários obstáculos além dos inimigos para atrapalhar a missão do jogador”, explica Rodrigo Campos, presidente executivo da Hoplon. 

Segundo Rodrigo, cada partida deve durar cerca de 15 a 30 minutos, para deixar o jogo mais leve do que rivais como League of Legends e Dota 2, cujas partidas podem chegar até uma hora de disputa. Além disso, como nos MOBAs contemporâneos, os carros – personagens que se dividem em categorias como carregadores, apoios ou interceptadores de bombas – evoluem conforme a partida, e o modelo de negócios está baseado em microtransações. 

“Os jogadores podem pagar para ter visuais diferentes dos carros, mas isso não vai afetar o desempenho deles dentro das partidas”, explica Campos. Hoje, 12 carros/personagens diferentes estão à disposição dos jogadores, mas a escalação pode crescer – a meta da Hoplon é lançar um novo carro por mês para o jogo, com características diferentes dos anteriores. 

Cheias de velocidade, batalhas acontecem em arenas dinâmicas Foto:

História. Ao todo, mais de 60 pessoas trabalham no desenvolvimento de Heavy Metal Machines, que começou a ser concebido no final de 2013. Em 2016, a empresa liberou o jogo em sistema de “beta fechado” – apenas para convidados. Segundo Rodrigo, 30 mil pessoas testaram o game ao longo do ano passado, de 179 países diferentes. Um dos destaques foi a massiva presença de jogadores russos, de maneira que o game foi lançado em três línguas: português, inglês e russo. “ A gente desenvolveu o HMM mirando o público global, inclusive o brasileiro”, enfatiza o executivo. 

Heavy Metal Machines é o segundo grande projeto da Hoplon, estúdio catarinense que começou suas atividades em 2000. Em sua primeira década, a produtora foi responsável por um dos pioneiros games brasileiros: Taikodom, um jogo online que, à moda de títulos como Warcraft, permitia que múltiplos jogadores se enfrentassem em um mesmo universo. A diferença é que enquanto Warcraft, da Blizzard, era baseado no universo medieval, Taikodom tinha uma pegada espacial. “Foi uma escola para nós, mas vimos em 2012 que ele não fazia mais sentido.”

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Além de desenvolver o jogo, a Hoplon também é responsável pela trilha sonora de Heavy Metal Machines, temperada com doses cavalares do gênero que deu fama a ícones como Black Sabbath e Iron Maiden. Segundo Rodrigo, hoje não há referências diretas no jogo a celebridades ou roqueiros, mas isso não necessariamente é uma regra para o futuro. 

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