Brasil Game Show quer ser ‘vitrine’ para jogos

Maior feira do gênero na América Latina deve receber 300 mil pessoas em 4 dias

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Por Bruno Capelas
Atualização:

Começa hoje, em São Paulo, a Brasil Game Show (BGS), maior feira de games da América Latina. Em sua nona edição, o evento traz ao público brasileiro a chance de testar diversos jogos antes de sua chegada no País e representa o principal momento do setor, que deve movimentar R$ 2 bilhões no Brasil em 2016, de acordo com a consultoria GfK. O valor pode ser ainda maior, já que a consultoria monitora apenas a venda de consoles (como o PlayStation 4 e o Xbox One) e de jogos de videogame no varejo.

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A organização da BGS espera que até 300 mil pessoas passem pelo São Paulo Expo, centro de exposições na zona sul da capital paulista, entre até o dia 5 – o primeiro dia é exclusivo para imprensa e reuniões de negócios. A data e o local são duas novidades para a BGS este ano – o evento nasceu em 2009, como Rio Game Show, passou a ser realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, sempre em outubro, a partir do ano seguinte. 

“O visitante vai poder testar as novidades antes dos games chegarem às lojas”, explica Marcelo Tavares, fundador da BGS. Para o empresário, a mudança de data ajudará os jogadores a escolher quais jogos vão comprar neste ano de crise. "Na crise, o apaixonado por games não vai deixar de jogar, mas tem de reduzir o valor que vai gastar. Testar os jogos antes é uma grande oportunidade", diz. 

Na visão de Tavares, o mercado de games está sofrendo com a crise por ser diretamente afetado pela flutuação do dólar e pela redução do poder de compra do brasileiro. Apesar disso, segundo ele, o setor sofre menos que outros segmentos da economia. "Apesar de o preço de muitos jogos beirar os R$ 200, os games são uma opção de entretenimento com custo-benefício interessante”, avalia. “É um programa caseiro, mais barato do que sair à noite."

Opções. Sony e Microsoft – fabricantes do PlayStation 4 e do Xbox One, respectivamente – terão os maiores estandes da feira, com mil metros quadrados cada. Empresas como Warner, Activision e Ubisoft terão espaços próprios também, assim como o YouTube, em cujo estande os fãs poderão encontrar seus youtubers favoritos. 

Além de poder testar jogos como FIFA 17, PES 2017, Call of Duty: Infinity Warfare, Gears of War 4 e Final Fantasy XV, previstos para chegar ao mercado brasileiro nos próximos meses, os visitantes da Brasil Game Show também terão a chance de testar novas tecnologias, como o os óculos de realidade virtual PlayStation VR. Eles serão lançados pela Sony nos EUA em outubro por US$ 399. 

No estande da Warner, a atração é o game Batman Arkham: VR, que dá a chance aos jogadores de sentirem na pele como é ser o Homem Morcego. “Realidade virtual é uma experiência difícil de contar ou mostrar”, diz Tavares. “O jogador só consegue perceber a imersão quando experimenta.” Ainda não há previsão de lançamento para o PlayStation VR no Brasil. A feira também terá uma área de games antigos, com exposição do acervo de Tavares.

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Produtores brasileiros de jogos passarão a ter mais espaço na feira: serão 108 estúdios nacionais no evento, contra 36 do ano passado. “No futuro, um game como Angry Birds ou Clash Royale pode sair do Brasil”, diz o fundador da BGS.

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