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Campeonato Mundial de League of Legends começa nesta quinta-feira com time brasileiro

Pela terceira vez consecutiva, Brasil busca um lugar ao sol na elite dos eSports; campeões nacionais, INTZ eSports terá tarefa dura para passar da fase de grupos

Por Bruno Capelas
Atualização:
A equipe de eSports INTZ, que disputará o Mundial de League of Legends Foto: Divulgação

Começa nesta quinta-feira, 29, a principal competição de esportes eletrônicos (eSports) de 2016: o Campeonato Mundial de League of Legends. Em sua sexta edição, o torneio reúne os 16 melhores times do game, produzido e comandado pela Riot Games, em partidas que vão até o próximo dia 29 de outubro, nos Estados Unidos. Pela terceira vez consecutiva, o Brasil tem um time disputando o Mundial: a INTZ eSports, que se classificou depois de vencer a seletiva mundial realizada no início de setembro na Ópera de Arame, em Curitiba. 

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Antes de buscar o título, no entanto, a INTZ procura vencer um tabu dos times brasileiros que participaram do Mundial de League of Legends: superar a fase de grupos – nem a Kabum, em 2014, nem a paiN Gaming, em 2015, conseguiram tal feito. No Mundial, os 16 times são divididos em quatro grupos – os dois melhores de cada avançam para quartas de final, semifinal e final. 

Criado pela Riot Games em 2009, League of Legends é um dos principais representantes do gênero MOBA (abreviatura em inglês para “arenas de batalha online para vários jogadores”). Em partidas disputadas por times de cinco integrantes, o objetivo principal é conquistar a base inimiga, chamada de Nexus. 

Para tal, os jogadores devem escolher heróis, que têm diferentes poderes – há mais de 120 dessas criaturas, chamadas pelos jogadores de “campeões”, à disposição. É um dos jogos mais populares da atualidade – recentemente, seus criadores divulgaram que League of Legends têm 100 milhões de jogadores ativos todos os meses. O primeiro Campeonato Mundial foi disputado em 2011. 

Lugar ao sol. A jornada já começa amanhã, quando os brasileiros enfrentam a chinesa Edward Gaming, às 22h30. A partida terá transmissão oficial em português, com participação dos narradores e comentaristas do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL), pelos canais da Riot Games no YouTube, Twitch e Azubu. Ainda compõem o grupo da INTZ os ingleses da H2K Gaming e os taiwaneses da AHQ eSports Club. 

Para Gustavo ‘melao13’ Ruzza, analista de League of Legends, a tarefa do time brasileiro será bastante dura – a Edward Gaming é a atual campeã chinesa, por exemplo. “Em um bom momento, jogando tudo o que sabe, a INTZ consegue passar”, diz Ruzza. Segundo Gustavo ‘gstv’ Cima, comentarista de League of Legends, o time brasileiro precisa tomar a atitude de franco-atirador para ser bem sucedido. “A pressão de chegar ao Mundial acabou. Agora, o que vier é lucro”, diz. 

Todas as partidas da primeira fase serão disputadas em São Francisco, ao longo das próximas duas semanas. Depois, o torneio vai para Chicago e Nova York (com direito a partidas no Madison Square Garden) e terá sua grande final no Staples Center, arena de Los Angeles acostumada a receber jogos do time de basquete Los Angeles Lakers. 

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Favoritos. Se o Brasil é o país do futebol, quem manda nos eSports recentemente é a Coreia do Sul: os três últimos campeões do Mundial vieram de lá – a SK Telecom T1, patrocinada por uma operadora local, venceu em 2013 e 2015, enquanto a Samsung Galaxy White venceu em 2014. 

Além disso, a grande final do ano passado, realizada em Berlim, na Alemanha, foi entre dois times coreanos – em segundo lugar, ficou a Koo Tigers. Europa e Estados Unidos, por sua vez, também têm times de tradição no League of Legends, e a China tem surgido como quarta força nos últimos anos. Quem levar o troféu para casa em 2016 também receberá US$ 1 milhão – ao todo, o torneio dará US$ 2,13 milhões em premiações para os participantes.