Com times brasileiros, Fifa 17 chega ao mercado nesta terça

Segunda franquia de games mais vendida em 2016, segundo a GfK, game da EA Sports aposta em times brasileiros e em modo 'novela’ para ganhar jogadores

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Por Bruno Capelas
Atualização:
No novo Modo Jornada, que se assemelha a uma novela, jogador poderá controlar promessa do futebol inglês dentro e fora dos gramados Foto:

A produtora de games EA Sports lança hoje no mercado o Fifa 17, a nova versão de seu jogo de futebol. Neste ano, a empresa apostou em times brasileiros e no novo “modo jornada”, que se assemelha a uma “novela”, para manter o game entre os mais vendidos no Brasil. 

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Segundo a consultoria GfK, Fifa foi a franquia de games mais popular no mercado brasileiro em 2015. Neste ano, de acordo com dados referentes aos meses de janeiro a agosto, o jogo aparece em segundo lugar – atrás da série Lego, da Warner Games. O game, que custa R$ 200, tem versões para Xbox One, PS4, Xbox 360, PS3 e PC. 

Ainda de acordo com a GfK, o gênero de jogos de futebol – que também tem a série PES, da rival Konami – representa 15% das vendas, em unidades, do mercado brasileiro de videogames. “Com apenas dois títulos, o futebol supera outros gêneros dos videogames, como luta, tiro e RPG”, diz Felipe Mori, analista de mercado da GfK. 

Para a versão deste ano, a EA reforçou a atenção no mercado brasileiro: estarão presentes no game 23 clubes do País – 18 da Série A, com exceção de Corinthians e Flamengo, que têm contrato de exclusividade com PES, e cinco times da Série B. 

“Não ter as duas maiores torcidas do Brasil é uma desvantagem, mas, para quem não torce para um desses times, não faz muita diferença”, avalia André Pase, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS), lembrando que muitos jogadores preferem utilizar times europeus em suas partidas, como o Barcelona. 

Ao contrário do ano passado, no entanto, quando os times do País apareciam soltos no grupo “resto do mundo”, este ano haverá uma liga brasileira fictícia – que tenta imitar o Campeonato Brasileiro – para os fãs do futebol nacional. 

Além disso, o jogo terá mais uma vez a narração de Tiago Leifert e comentários de Caio Ribeiro, ambos da TV Globo. “Os brasileiros são quem têm mais narração no jogo, igualando a biblioteca de narração da versão original inglesa”, explica o português João Barão, produtor de Fifa 17.

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Segundo Barão, a dupla brasileira se destaca pela forma como narra as partidas. “Eles não entendem só de futebol, mas também da natureza dos videogames e isso faz muita diferença no humor do jogo.” 

James Rodríguez, do Real Madrid, é um dos craques de FIFA 17 Foto:

Novela. Uma das grandes novidades é a criação do modo jornada: nele, será possível controlar a carreira de Alex Hunter, jovem promessa do futebol inglês, dentro e fora dos gramados. Além de atuar em qualquer um dos 20 times da primeira divisão do Campeonato Inglês, o jogador poderá escolher o que Hunter fala a seus colegas de time, amigos e à imprensa – podendo ser um “bad boy”, como Edmundo e Romário, ou um jogador mais “tranquilo”.

“Dependendo da resposta, o jogador vai moldar sua personalidade, e isso vai influenciar sua relação com o técnico, fazendo com que Hunter seja titular ou reserva, por exemplo”, explica Barão, da EA Sports. Segundo o produtor, a interação não vai afetar o desempenho do jogador no campo. 

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Não é a primeira vez que jogos de esportes incorporam um lado narrativo: a mesma tática é usada pela franquia NBA 2K, da produtora 2K (de sucessos como GTA) desde 2013. No ano passado, NBA 2K16 teve até cenas dirigidas por Spike Lee (Malcolm X).

Para André Pase, da PUC-RS, essa opção faz o Fifa se destacar em relação à concorrência, uma vez que seu principal rival não oferece algo semelhante. “Há uma crítica comum de que a EA faz o mesmo jogo todo ano, só fazendo as transferências dos jogadores que mudaram de time. Com o modo jornada, existe uma novidade que justifica a compra”, diz o professor.