Com transmissão na TV paga, Brasileirão de League of Legends começa neste sábado

Campeonato traz novidades em times e formato de escolha de personagens; para executivo da Riot Games, cenário brasileiro ainda está em construção

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Em 2016, CBLOL teve final com público de 10 mil pessoas no Ginásio do Ibirapuera Foto:

Começa neste sábado, 21, o primeiro turno do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL). Organizado pela Riot Games, empresa responsável pelo jogo online que dá nome ao campeonato, o torneio tem uma novidade interessante em 2017: depois do sucesso de exibições especiais no ano passado, o canal pago SporTV transmitirá uma partida por semana do campeonato, todo sábado, às 13 horas. “É um passo a mais para popularizar os eSports no Brasil”, diz Roberto Iervolino, gerente-geral da Riot no Brasil. 

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Já neste primeiro final de semana de disputa, o canal transmitirá um duelo tradicional do League of Legends (LOL) brasileiro: Keyd Stars contra paiN Gaming, duas das equipes mais populares do cenário. Na sequência, às 15 horas, há a reedição da final do CBLOL de 2016, com a atual campeã INTZ enfrentando a CNB, em partida que será transmitida apenas pela internet, nos canais oficiais da Riot Games no YouTube e Twitch

Para Iervolino, é difícil apontar favoritos – a atual campeã INTZ, por exemplo, perdeu dois de seus principais destaques, Gabriel ‘Revolta’ Henud e Felipe ‘Yang’ Zhao, para a Keyd Stars. “A Keyd tem grandes jogadores, mas todo time precisa de um tempo para se entrosar; já a INTZ precisa provar que consegue se manter com uma escalação diferente”, acredita o executivo. Outro destaque é a Red Canids, que contratou a dupla Felipe ‘brTT’ Gonçalves e Hugo ‘Dioud’ Padioleau, campeã do CBLOL em 2015 pela paiN Gaming. “Está tudo em aberto”, acredita o executivo. 

Jogado em times de cinco contra cinco, League of Legends tem mais de cem personagens diferentes à disposição dos jogadores – cada personagem, chamado de campeão, tem poderes e estratégias específicas para ser utilizado. Até o ano passado, além de escolher seus cinco campeões, cada time poderia vetar o uso de três personagens específicos na escalação adversária. Neste ano, há uma mudança: agora, cinco personagens poderão ser vetados. “É uma mudança que vai trazer mais emoção para o jogo ao vivo, e que vai premiar as equipes que jogarem com inteligência”, avalia Iervolino. 

Formato de disputa. Assim como nos anos anteriores, o CBLOL terá oito equipes: além das já citadas, completam o torneio a KaBuM, a Operation Kino e a Remo Brave, esta última patrocinada pelo time de futebol Remo, de Belém do Pará. Todos se enfrentam em único turno ao longo de sete rodadas. 

Os quatro melhores colocados se classificam para as semifinais, enquanto o último colocado cai para o Circuito Desafiante, espécie de série B do League of Legends brasileiro, cujo vencedor disputará o segundo turno do CBLOL, previsto para a partir de maio.. Sexto e sétimo colocados, por sua vez, disputam com o segundo e o terceiro colocado do Desafiante para ver quem disputará o segundo turno.

Até esta fase, todas as partidas serão disputadas no estúdio da Riot Games na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista. Já a final do 1º turno do CBLOL está marcada para o dia 8 de abril, em Recife. 

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A grande final do 2º turno do CBLOL, no entanto, não tem local definido ainda – em anos anteriores, a disputa aconteceu em locais como o Allianz Parque e o Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e o Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. “Lugares maiores não necessariamente são os melhores locais para receber uma final do CBLOL”, diz o executivo da Riot Games, que espera anunciar em breve o local da grande final. 

Em 2016, 10 mil pessoas compareceram ao vivo ao Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Além disso, o evento teve 700 mil espectadores pela internet e 1,4 milhão de telespectadores pela transmissão do SporTV. 

O vencedor do 2º turno do CBLOL, tradicionalmente, disputa uma vaga no Mundial de League of Legends, normalmente realizado no mês de outubro. Nos últimos três anos, o Brasil teve representantes no Mundial, com Kabum em 2014, paiN em 2015 e INTZ em 2016. Nenhuma das três equipes, porém, conseguiu passar da fase de grupos.

“Temos um cenário que já passou do primeiro estágio, mas ainda segue em construção”, diz Iervolino, que coloca o Brasil em um segundo grupo de forças do League of Legends, no mesmo patamar de Turquia e Rússia, e bem afastado da elite, com Coreia do Sul, Estados Unidos, Europa e China. 

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