E3 2018: EA traz Liga dos Campeões a FIFA 19, mostra indies e novidades de Anthem

Empresa fez apresentação dentro do esperado para abrir a maior feira de games do mundo; novo jogo de RPG da BioWare dividiu espaço com títulos independentes e até mesmo Neymar

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Liga dos Campeões da UEFA é a principal novidade de FIFA 19, que sai em setembro; pela primeira vez, jogo não terá versões para PS3 e Xbox 360. 

Pelo terceiro ano consecutivo, coube à EA a tarefa de fazer a primeira conferência da Electronic Entertainment Expo, a E3, maior feira de games do mundo. Direto do Hollywood Palladium, a companhia fez uma conferência dentro do esperado, trazendo novidades de algumas de suas principais franquias, como FIFA, Madden NFL e Battlefield, surpresas em jogos independentes e um grande destaque para Anthem, sua grande aposta para os próximos anos. 

Feito pela BioWare, estúdio de franquias como Mass Effect e Dragon Age, Anthem é um jogo de ficção científica e tiro, bastante parecido com Destiny -- sucesso da Activision ao atrair jogadores constantemente para suas arenas online. Previsto para 2019, Anthem tem a tarefa de recuperar a força da BioWare depois do desastre de Mass Effect: Andromeda, lançado no início de 2017 -- o jogo, apressado pela pressão do mercado, não agradou aos fãs por ser cheio de bugs. 

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Previsto para chegar ao mercado em 22 de fevereiro de 2019, com versões para PS4, Xbox One e PC, o jogo coloca o jogador no papel dos Freelancers, um grupo de pessoas que deixaram sua civilização para explorar o mundo com ajuda de exoesqueletos chamados Javelins -- e com isso encontrar belas paisagens e criaturas terríveis.

"É um universo ficcional que quer trazer uma nova experiência", disse a empresa. Feito para ser jogado tanto por um jogador ou em partidas pela internet, o game tem alto potencial de customização de armas e personagens e é uma aposta de longo prazo. "É uma jornada de dez anos", disse anteriormente Patrick Soderlund, vice-presidente da EA. 

Esportes. Responsável pelas principais vendagens da EA no Brasil, a série FIFA apareceu de forma rápida na apresentação da empresa -- não houve novidades em termos de jogabilidade, mas uma boa notícia para os fãs de futebol europeu. Neste ano, FIFA 19 trará com exclusividade a Liga dos Campeões da UEFA, um dos principais torneios de clubes da atualidade. 

Modos especiais do jogo, como o Ultimate Team ou a Jornada, com o herói Alex Hunter, também terão conteúdo especial do campeonato, que reúne os principais times de futebol da Europa. FIFA 19 chega ao mercado no final de setembro deste ano, com versões para PS4, Xbox One, Nintendo Switch e PC -- é a primeira vez que o jogo não será lançado para os veteranos Xbox 360 ou PS3, os videogames da sétima geração de consoles. 

A empresa também aproveitou para fazer propaganda do modo gratuito da Copa do Mundo de FIFA 18, que lançou há cerca de duas semanas, citando os craques Cristiano Ronaldo, de Portugal, e o brasileiro Neymar Jr. Além disso, houve espaço para NBA Live 19 e Madden NFL 19, os jogos de basquete e futebol americano da empresa -- destaque para o retorno de Madden NFL 19 ao PC depois de mais de uma década. 

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Combates. De forma bastante discreta, a EA deu poucos detalhes sobre um novo jogo de Star Wars que está preparando. Trata-se de Jedi: Fallen Order, que está sendo feito pela Respawn, a produtora responsável por Titanfall. "Será um jogo em tempos sombrios", disse Vince Zampella, o diretor da Respawn, ao avisar que o jogo se passará entre os Episódios III e IV da saga criada por George Lucas. Sai no final de 2019, provavelmente para PlayStation 4, Xbox One e PC. 

Battlefield, por sua vez, aderiu à moda do momento e também vai ter um modo Battle Royale -- no qual 100 jogadores entram em uma arena e apenas um sai vivo. Tendência com títulos como Player Unknown's Battlegrounds e Fortnite, o modo está se tornando onipresente nos títulos de tiro -- o maior rival de Battlefield, Call of Duty, da Activision, também terá um. Previsto para 19 de outubro de 2019, Battlefield V será ambientado na Segunda Guerra Mundial, mostrando que a EA acertou ao voltar ao passado dois anos atrás, em Battlefield 1, inspirado na Primeira Guerra Mundial. (Dificíl é só seguir a matemática desses jogos). 

Outro jogo de combate, mais próximo do universo da estratégia, que deu as caras na conferência da EA foi Command and Conquer -- que agora está de volta em um jogo mobile, com partidas rápidas. Em Command and Conquer Rivals, aos jogadores terão de dominar o mapa para controlar um míssil e destruir a base do adversário -- quem conseguir dois mísseis primeiro vence. O jogo tem lançamento previsto para iOS e Android, mas ainda não tem data de lançamento. 

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Indies. A EA também mostrou algumas novidades em jogos independentes, em sua divisão EA Originals. Depois de conquistar sucessos com A Way Out e Unravel, a empresa anunciou neste ano dois novos títulos. 

Unravel 2, sequência do primeiro jogo do mascote de novelos de lã, terá partidas colaborativas entre dois jogadores, em um universo mais "fofo" que o do antecessor. O game já está disponível para compra e download em PC, Xbox One e PS4. Já Sea of Solitude, do estúdio alemão Jo-Mei, aposta nas emoções: ele traz a história de Kay, uma mulher que, de tão solitária, se transforma em um monstro -- caberá ao jogador entender como isso aconteceu e como reverter seu estado. 

Visão de futuro. A empresa anunciou ainda duas novidades bastante interessantes. Uma delas é o Origin Access Premier, serviço de assinatura de jogos voltado para quem joga no PC: nele, por um valor mensal ainda não revelado, os jogadores poderão ter acesso aos títulos novos e antigos da empresa, incluindo FIFA 19, Battlefield V e Madden NFL. É bastante parecido com o EA Access, que a empresa já promove no Xbox One, e começa a funcionar no fim do terceiro trimestre desse ano. Informações para o mercado brasileiro ainda não foram reveladas. 

A outra é uma visão de futuro da EA sobre os jogos na nuvem -- com auxílio de uma startup de Israel, a empresa promete que poderá fazer qualquer jogador aproveitar seus títulos em diferentes dispositivos, sem precisar guardá-los em seu aparelho. "É algo a longo prazo", disse Andrew Wilson, presidente executivo da empresa, mas que, se der certo, pode mudar radicalmente a forma como os jogos são comercializados. 

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