Link Lab: Veloz e furioso, Forza Horizon 3 é o melhor jogo de corrida da atualidade

​Variedade de modos, gráficos impressionantes, ambientação australiana e acessibilidade a qualquer jogador fazem rivais comerem poeira contra o game da Microsoft

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Outro exclusivo de Xbox One e PCs, o jogo de corridaForza Horizon 3foilançado em 27 de setembro e temuma bela ambientação na Austrália. Foto:

Mundo mundo, vasto mundo: talvez nem Carlos Drummond de Andrade conseguisse descrever com poucas palavras a sensação de liberdade de se jogar Forza Horizon 3, o mais recente game de corrida da série da Microsoft. Ambientado na Austrália, o jogo de corrida desenvolvido pela Turn 10 conseguiu ampliar ainda mais a sensação do jogador de poder fazer o que quiser pelo mapa. Duvida? Que tal disputar rachas com Lamborghinis e Ferraris destruir um carro de luxo no meio do deserto de Outback ou passar pela inesquecível experiência de conseguir capotar um fusca ouvindo Mozart e Vivaldi? 

Para quem só chegou agora, uma breve explicação: Forza Horizon, a série, é uma derivação de Forza Motorsport, franquia de corrida da Microsoft criada para rivalizar com Gran Turismo, jogo de carros do rival PlayStation. Motorsport, também feito pela Turn 10, é um jogo mais focado na simulação realista, exigindo de seus jogadores noções avançadas de controle dos carros (e até mesmo de acertos aerodinâmicos), e na competição. 

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Já Forza Horizon, por sua vez, é um jogo mais relaxado: ele simula a experiência de um festival de corridas, em meio a grandes paisagens e com eventos mais divertidos. Em Forza Horizon 3, por exemplo, o jogador é convidado a disputar uma corrida contra barcos, um trem, ou até mesmo um jipe içado por um helicóptero por quase todo o traçado da disputa. Para quem gosta de passear, no entanto, o jogo também reserva a seus pilotos a possibilidade de apenas rodar pelas estradas de um mapa gigante e vasto: pela primeira vez na franquia, por exemplo, apareceram florestas tropicais e uma metrópole entre os cenários disponíveis para os mais de 350 carros. 

Nos dois primeiros jogos da série, ambientados respectivamente no Colorado e na Riviera Europeia, o personagem principal era apenas um participante qualquer do festival Horizon. Sua missão principal era vencer pequenos campeonatos durante o festival, e com isso, conquistar uma vaga no grande evento final. Com uma eventual vitória, ele poderia ser reconhecido por seus pares como um grande piloto. Em Forza Horizon 3, no entanto, as coisas são diferentes: já se começa o jogo sendo o maioral da festa. Ao invés de buscar um lugar ao Sol, cada jogador pode escolher o que fazer, e, mais do que tudo, como fazer para o festival ganhar cada vez mais fãs, aparecendo nas redes sociais – e se tornando mais divertido. 

A escolha pode parecer confusa para os jogadores antigos da franquia – afinal de contas, os campeonatos perderam sua importância –, mas depois de algumas horas de jogo, as vantagens da liberdade se tornam claras. Cada piloto é o rei do seu destino, podendo ir atrás de carros raros e antigos em celeiros abandonados, se divertir fazendo manobras arriscadas e saltando de penhascos ou disputando rachas com seus amigos (tanto online como offline). É como se o universo presente na série cinematográficas Velozes e Furiosos se tornasse instantaneamente jogável – cabendo ao jogador apenas escolher se prefer Paul Walker ou Vin Diesel (ou qualquer outro tipo: um dos acertos de Forza é poder escolher o gênero e a etnia de seus personagens). 

E não importa se você é um ás do volante ou se nunca nem passou perto de um carrinho de bate-bate: a jogabilidade de Forza Horizon 3 é capaz de agradar tanto os pilotos mais exigentes ou os novatos que não sabem nem como dar a ré em um carro. Mais do que isso, o sistema de progressão do jogo ajuda os pilotos a conquistarem desafios em dificuldade crescente, e é capaz de perceber se ajustar o nível de pilotagem pode ajudar o gamer a ter uma experiência mais divertida. 

O apuro gráfico e sonoro é outro destaque: é fácil olhar para as imagens do jogo (como as que estão na galeria deste post) e perceber do que estamos falando. Já quanto ao som, Forza tem um grande apuro no que diz respeito aos efeitos dos carros e às rádios do game, com músicas selecionadas pela curadoria da Turn 10. É o tipo de jogo que pode gerar novos fãs para os artistas que estão na trilha sonora – repetindo uma experiência que já fez muita gente ficar fã de hardcore e ska com Tony Hawk’s Pro Skater, no final dos anos 1990. (Isso para não falar na ótima rádio de música erudita e a chance de uni-la, com grande efeito cômico, a sessões de manobras radicais e de alta periculosidade). 

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Vale a pena? Até mesmo se o seu negócio é só ficar na ciclovia este jogo vale a pena. Ao trazer grandes gráficos e uma jogabilidade que obedece ao mandamento de “fácil de jogar, difícil de se tornar um mestre”, Forza Horizon já mereceria uma ótima recomendação. A liberdade de escolha proposta pelo jogo, no entanto, faz este game mostrar um vislumbre do futuro e das possibilidades que o mundo dos jogos eletrônicos pode nos trazer. Se o céu parece ser o limite, que ele seja estrelado como o das noites australians de Forza Horizon 3. 

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