Minecraft entra para o currículo escolar na Irlanda do Norte

Game que já conta com mais de 100 milhões de usuários em todo o mundo é frequentemente elogiado por seu potencial educativo

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Por Camilo Rocha
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SÃO PAULO – Alunos do ensino fundamental da Irlanda do Norte ganharam uma novidade no currículo que deverá fazer muito sucesso entre eles. Uma versão educacional do jogo Minecraft será distribuída para 200 escolas e 30 bibliotecas do país como parte de um projeto organizado pelo festival CultureTECH e com apoio financeiro do Departamento de Cultura, Arte e Lazer.

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O jogo, baseado na construção de estruturas com blocos, é frequentemente elogiado por estimular noções de matemática, arte, escrita, programação e geografia.

Em entrevista ao jornal inglês Guardian, o presidente da Culture Tech, Mark Nagurski, elogiou o nível de engajamento que o jogo consegue. “Este é o trabalho que as crianças realmente querem fazer e se você consegue direcionar esse entusiasmo, energia e criatividade pode ter uma oportunidade de aprendizado bem significativa”.

Em 2011, foi criada a organização educacional MinecraftEdu para promover a integração do jogo em escolas. Um ano depois, a empresa responsável pelo jogo, a sueca Mojang, declarou que cerca de 250 mil estudantes em todo o mundo estavam utilizando o jogo através de programas educacionais.

A versão disponibilizada para os estudantes da Irlanda do Norte será a do MinecraftEdu, que receberão códigos para download do game.

Minecraft é um jogo do estilo ‘sandbox’ (ou caixa de areia, no qual é possível criar praticamente qualquer coisa), é um dos games mais populares da atualidade – em fevereiro de 2014, o jogo bateu a marca de mais de 100 milhões de usuários registrados em seus servidores, e atualmente está disponível para diversas plataformas, como PCs, Xbox (One e 360), PlayStation (3 e 4) e PS Vita, além de ter versões para dispositivos móveis, como iOS, Android e até mesmo Raspberry Pi.

Em janeiro de 2013, uma escola em Estocolmo tornou o jogo matéria obrigatória para estudantes de 13 anos. Os professores da escola sueca acreditam que o jogo pode ajudar os alunos a desenvolverem raciocínio lógico. “Eles aprendem sobre planejamento urbano, questões ambientais, a concluírem tarefas e até a se planejarem para o futuro”, disse ao jornal sueco The Local, Monica Ekman, professora da escola Viktor Rydberg. “Não é nada diferente [das disciplinas] de Artes e Artesanato”.

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