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'Não dá trabalho fazer as pessoas sorrirem', diz dublador de Mario

Um dos principais destaques da Brasil Game Show deste ano, Charles Martinet conta mais sobre como é ser a voz (e a alma) do encanador que dá símbolo à Nintendo

12/10/2018 | 10h46

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 Por Bruno Capelas - O Estado de S. Paulo

Charles Martinet: quase cem jogos interpretando o encanador bigodudo e seus amigos da Nintendo

Bruno Capelas/Estadão

Charles Martinet: quase cem jogos interpretando o encanador bigodudo e seus amigos da Nintendo

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Desde o primeiro instante em que Charles Martinet entra na sala, é possível sentir uma energia diferente – quase como se estivéssemos sendo transportados para o Reino do Cogumelo. Antes mesmo que a reportagem do Estado consiga fazer sua primeira pergunta, ele já está saudando os fãs brasileiros e repetindo a voz, como se fosse a primeira vez, de seu maior papel: o encanador bigodudo Mario. Desde 1990, é ele quem pode dizer, com  propriedade, “It’s-a-me, Mario!”, maior bordão do personagem da Nintendo. 

De lá para cá, Martinet tem feito duas coisas: incorporado o personagem e seus amigos (ele também é o responsável por dublar Luigi, Wario e  Waluigi) em dezenas de jogos e viajado pelo mundo para divulgar a palavra da Nintendo. Ah, e fazer pessoas sorrirem. “Eu não me canso de dizer as frases do Mario. Só preciso dizer ‘woohoo’ pra todo mundo virar criança. Não é muito trabalho, né”, diz Martinet, que terá sessões para fotos e autógrafos na Brasil Game Show e vai ser um dos jurados da Cosplay Zone. 

Além de fazer a alegria dos fãs, Martinet também está interessado, em sua primeira visita ao Brasil, em conhecer mais da culinária brasileira – no lugar da pizza e da lasanha de Mario, entram feijoada, churrasco e coxinha. “Eu gosto de comer e gosto de viajar”, diz ele. Na entrevista ao Estado, o dublador de 63 anos fala sobre como começou sua história com Mario e conta qual é o seu jogo favorito do personagem. “Ele me faz sonhar que sou Mario e estou voando por aí”. 

A primeira pergunta que eu gostaria de fazer é...

(interrompe). Antes de começar, me deixe dizer umas palavras. “It’s-a-me, Mario. Woohoo! Mamma Mia! You number one, iahul!”

Quantas vezes o senhor diz isso num evento? 

Eu faço isso todos os dias, estando com outras pessoas ou não. Eu amo esse personagem tanto que eu adoro fazer isso. Não me canso, porque as pessoas sorriem toda vez que eu faço isso. Só preciso dizer “woohoo!” para que um sorriso de criança apareça na cara de qualquer pessoa. Não dá muito trabalho, né? 

Veja a evolução do Super Mario em mais de três décadas de games

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Três décadas de revoluções

Mais icônico personagem dos games, o encanador bigodudo Mario parece não sentir o peso de seus 36 anos: em 2017, ele está de volta com um de seus melhores jogos desde sempre, Super Mario Odyssey, recém-lançado para o Nintendo Switch. Nele, Mario tem de, mais uma vez, salvar a princesa Peach – mas ela está longe de ser a primeira a ser salva por Mario. Antes mesmo de ter um nome, 36 anos atrás, o ainda anônimo Jumpman resgatou não apenas sua namorada Pauline como também toda a indústria de games. Na época, o mercado norte-americano de jogos eletrônicos havia entrado em crise após sucessivos fiascos da Atari, então maior empresa do ramo no Ocidente, culminando no lançamento de E.T. The Extra-Terrestrial (1982), inspirado no filme de Steven Spielberg, que encalhou nas prateleiras e se tornou uma lenda urbana ao ter milhares de cópias enterradas em um deserto do Novo México. Nesse contexto, o jovem designer Shigeru Miyamoto apostou todas as fichas em uma ideia que mudaria para sempre a história dos games.

1981 - Donkey Kong

A estrela de Donkey Kong (1981) era um gorila enorme que sequestrou uma dama indefesa e com “Kong” em seu nome. A semelhança com o enredo de King Kong chegou a gerar um processo da Universal Studios contra a Nintendo, mas a empresa japonesa venceu a disputa nos tribunais. A mecânica era simples, mas o game se tornou um sucesso imprimindo um estilo de plataforma viciante, em que o bigodudo tinha de saltar barris atirados pelo vilão para alcançar Pauline e prosseguir para a fase seguinte. Esse foi o pontapé inicial para um personagem que começou sem nome e tornou-se praticamente sinônimo de videogame.

1985 - Super Mario Bros.

Mario ganhou um nome, um irmão e uma profissão apenas dois anos depois debutar como coadjuvante. Em Mario Bros. (1983), os irmãos encanadores Luigi e Mario são encarregados de exterminar os monstros da tubulação do esgoto de Nova York. No mesmo ano, o console Famicom era lançado no Japão, mas levaria dois anos para cruzar o atlântico. Com o nome de Nintendo Entertainment System (NES), revigorou os videogames caseiros, então em vias de entrar em extinção após a crise da Atari. Reanimando a combalida indústria de games, o aparelho teve como carro-chefe no ano de seu lançamento ocidental Super Mario Bros., um clássico instantâneo. O platformer consiste em uma aventura pelo reino dos cogumelos para resgatar a Princesa Peach, sequestrada pelo maligno Bowser. 

1990 - Super Mario Bros.

Após duas sequências no NES, das quais uma só foi lançada no Japão e levou cinco anos para chegar ao ocidente como The Lost Levels, Mario entrou na geração seguinte com Super Mario World (1990), que introduziu inovações como a possibilidade de navegar por um mapa das fases, novas habilidades e a companhia de Yoshi, o dinossauro escudeiro do encanador. Paralelamente aos jogos para Super Nintendo, o encanador estrelou a série Land no Game Boy, chegando aos portáteis pela primeira vez desde a adaptação de Donkey Kong para o obscuro Game & Watch, em 1982. Lançados entre 1989 e 1994, os três jogos dessa série apresentaram um sistema de fases menos linear e o vilão Wario, o primo malvado de Mario.

1996 - Super Mario 64

Com o lançamento do Nintendo 64 em 1996, a Big N mergulhou de cabeça nos gráficos tridimensionais e apresentou ao mundo Super Mario 64, que se aproveita dos polígonos do console para criar um jeito completamente novo de se jogar títulos de plataforma. Além de revolucionar o gênero, o jogo potencializou o que já vinha sendo experimentado no Super Nintendo e fez um mapa totalmente não linear, semeando tendências que seriam levadas a cabo por diversos outros gêneros.

2002 - Super Mario Sunshine

Em um intervalo de uma década, entre Super Mario 64 (1996) e New Super Mario Bros. (2006), apenas um título da série principal do mascote da Nintendo foi lançado. Após o cancelamento de alguns projetos e muitos anos de desenvolvimento, o então conhecido como Super Mario 128 alimentava altas expectativas. Super Mario Sunshine chegou às prateleiras em 2002 para Game Cube e foi um sucesso comercial e de crítica, apesar de se distanciar do antecessor. O jogo tinha vários recursos novos, como um jetpack aquático e novos itens, além de se passar em um cenário mais tropical, a Ilha Delfino.

2007 - Super Mario Galaxy

O Wii trouxe uma boa dose de inovação para a indústria de games e o título do bigodudo para o console fez bonito nesse quesito. Super Mario Galaxy (2007) apresenta todo um universo a ser explorados, com planetas inteiros repletos de puzzles e obstáculos, além de novas mecânicas que envolvem buracos negros, gravidade e o espaço. No ano anterior, New Super Mario Bros. encerrou um longo inverno do personagem nos portáteis e reinventou a vertente 2D da série com gráficos mais modernos. Lançado para o DS em 2006, o game inovou ao trazer habilidades como o Mario gigante e apostou no espírito nostálgico dos platformers bidimensionais, que já haviam praticamente caído em desuso.

2011 - Super Mario 3D Land

Quase duas décadas após o último jogo da série Land, Wario Land (1994), o título retornou no 3DS como o primeiro a oferecer como diferencial os gráficos tridimensionais estereoscópicos do portátil. A série tradicionalmente tinha jogabilidade 2D, mas ganhou uma mudança no gameplay e passou a ser majoritariamente 3D em Super Mario 3D Land (2011). Seguindo a tendência de resgatar séries dos anos 90, a Nintendo lançou em 2013 Super Mario 3D World para o Wii U, investindo na releitura da série World, mas trazendo a jogabilidade e os gráficos para os tempos atuais. 

2015 - Super Mario Maker

Após tantos anos jogando games do Mario, os fãs já haviam se tornado tão especialistas quanto a própria Nintendo. Seguindo essa premissa, Super Mario Maker (2015), de Wii U, permitiu que qualquer jogador criasse e editasse fases customizadas com ferramentas de desenvolvimento fornecidas pelo jogo e disponibilizasse na nuvem para que outras pessoas experimentassem. É claro que essa liberdade criativa tornou-se fonte de inesgotáveis fases, tornando o fator replay do jogo potencialmente infinito. 

2016 - Super Mario Run

Não é de hoje que os celulares se tornaram a principal plataforma móvel de games, mas a consagração de Android e iOS veio com o anúncio de Super Mario Run, que será lançado em dezembro de 2016 para o sistema operacional da Apple e em 2017 para os smartphones Android. O título é o primeiro com progressão lateral desde New Super Mario Bros. U (2012), do Wii U, e se utiliza da jogabilidade dos infinite runners, subgênero de plataforma que já faz sucesso nos celulares em que o jogador controla um protagonista que se move automaticamente e deve desviar de obstáculos.

2017 - Super Mario Odyssey

Foto: Nintendo

Cheia de bom-humor, a nova aventura do encanador Mario é o grande jogo que os fãs esperavam desde Super Mario 64, lançado em 1996. Com mundos diferentes entre si (e muito divertidos), quebra-cabeças intuitivos, jogabilidade cheia de mecânicas diferentes e o carisma do encanador bigodudo, é um game para ter em qualquer coleção. 

Mario Kart

Ambas as vertentes 2D e 3D da série principal de Mario contam com mais de 20 games, mas o ícone dos videogames já apareceu em mais de 200 títulos da Nintendo e de outras empresas e mais de uma centena de jogos levam seu nome. O spin off mais famoso do encanador é Mario Kart, que já conta com oito games desde Super Mario Kart (1992), para Super Nintendo.

Super Smash Bros.

Criação da mente insana de Masahiro Sakurai, Super Smash Bros. surgiu em 1999 no Nintendo 64 como um jogo de luta que é um grande crossover entre diversas franquias da Nintendo, e se tornou um verdadeiro tributo aos videogames, repleto de referências e easter eggs para apaixonados por jogos. Uma das características mais emblemáticas da série é o sistema de energia, em que a cada golpe desferido os personagens atingidos aumentam sua porcentagem de dano. Quanto maior esse número, mais longe eles voam ao ser acertados pelos adversários, e só morrem se forem arremessados para fora da tela. As sequências foram Super Smash Bros. Melee, lançado em 2001 para Game Cube; o aguardadíssimo Super Smash Bros. Brawl (2008), para Wii; e, em 2014, Super Smash Bros. para Nintendo 3DS e Wii U.

Dr. Mario

Embora não seja a aventura mais famosa do encanador, Dr. Mario é o spin off mais antigo da franquia, lançado em 1990 para NES como um jogo de puzzle nos moldes do russo Tetris, em que o personagem encarna um médico que deve erradicar diversos vírus.

RPG

A incursão de Mario nos RPGs teve início em 1996 com Super Mario RPG, lançado para Super Nintendo. Em 2000 foi a vez de Paper Mario, jogo de Nintendo 64 que lançou as bases para uma nova série do bigodudo que mescla elementos de plataforma ao gênero novo e brinca com a jogabilidade 2D e 3D. Em 2003, o Game Boy Advance foi palco de Mario & Luigi: Superstar Saga, outro RPG com combate por turnos que une os irmãos encanadores em uma nova aventura. As duas séries derivadas de Super Mario RPG mantiveram distância até 2015, com o lançamento do crossover Mario & Luigi: Paper Jam, para 3DS.

Mario Party

Lançado originalmente para Nintendo 64 em 1999, Mario Party não é o primeiro jogo do Mario a ser desenvolvido por um estúdio não ligado à Nintendo. Alguns games educacionais ou versões obscuras para outras plataformas já haviam sido feitas por outras empresas, além dos famigerados jogos de CD-i, da Philips. No entanto, o título de tabuleiro virtual foi o primeiro jogo de peso a não ser criado em casa, tendo seu desenvolvimento delegado à Hudson Soft. Desde 2012, os últimos quatro lançamentos foram feitos pelas mãos da Nd Cube, subsidiária da Nintendo.

Mario vs. Donkey Kong

A rivalidade entre Jumpman e Donkey Kong foi reacendida com essa série que combina elementos de plataforma e puzzle e se iniciou em 2004, no Game Boy Advance. O spin off traz de volta Pauline, personagem que passou anos no limbo e conta com outros seis games, sendo o último Mini Mario & Friends: Amiibo Challenge, lançado em 2016 para Wii U e 3DS.

Tênis

O primeiro spin off esportivo da franquia foi Mario’s Tennis, lançado em 1995 para o controverso portátil Virtual Boy. O personagem já havia aparecido em Tennis, lançado em 1984 para o Nintendinho. A mais antiga e prolífica série esportiva do Mario foi reanimada em 2000, para Nintendo 64 e Game Boy Color, e Mario retornou às quadras em 2004 no Game Cube, 2005 no Game Boy Advance, 2009 no Wii, 2012 no 3DS e 2015 no Wii U.

Golf

Mario já havia figurado em outros jogos de golf da Nintendo como Golf (1984) e NES Open Tournament Golf (1987), ambos do NES. No entanto, ganhou uma série para si apenas em 1999, com Mario Golf, para Nintendo 64 e Game Boy Color. Esse esporte voltou a ser praticado pelo encanador em 2003 no Game Cube, 2004 no Game Boy Advance e 2014 no 3DS. 

Futebol

A vida de atleta de Mario e sua turma se provou especialmente ativa após o lançamento dos jogos de esportes com os personagens da série, e o futebol não é exceção. Mario, Luigi, Peach, Bowser e companhia já jogaram o esporte bretão em Super Mario Strikers (2005), para Game Cube, e Mario Strikers Charged (2007), para Wii. 

Beisebol

O primeiro game de beisebol do encanador mais famoso do mundo foi Mario Superstar Baseball, lançado em 2005 para Game Cube. A série teve apenas uma sequência três anos depois, para o Wii: Mario Super Sluggers (2008).

Estratégia

Foto: Nintendo

Lançada em junho de 2017, a parceria da Nintendo com a Ubisoft parecia improvável, mas deu certo: Mario + Rabbids é um jogo de estratégia com combates em turnos, cheio de bom humor e acessível para novatos – algo que poucos games do gênero conseguem. 

Outros esportes

Tênis, golf, futebol e beisebol não foram suficientes para Mario. O bigodudo também praticou dança em Dance Dance Revolution Mario Mix (2005), de Game Cube; basquete em Mario Hoops 3-on-3 (2006), no DS; e esportes variados em Mario Sports Mix (2011), para Wii. Mario Sports Superstars também está previsto para o início de 2017 no 3DS.

Como o sr. se envolveu com Mario? 

Eu era um ator. Estava na praia, fazendo o que atores fazem: esperando o telefone tocar em busca do próximo trabalho. Era 1990, outubro, mais ou menos. Eu estava na Califórnia e aí meu pager tocou. Meu agente disse que eu não podia perder esse papel – e eu disse que não faria isso, eu sou um ator profissional, ora essa. Fui para a entrevista e peguei o produtor praticamente saindo do prédio. Ele me pediu para entrar e disse: você é um encanador italiano do Brooklyn, é para uma empresa chamada Nintendo e esse personagem se chama Mario. Eu não sabia nada de videogames na época, para mim era só Pong ou Pac-Man. Ele me disse para começar a falar e não parar até a fita acabar ou você não ter mais o que dizer. Pensei em fazer um cara mais bronco, brutamontes, mas isso não ia funcionar. Seria meio malvado. Então pensei em um cara italiano mais fofo. Eu só falei de comida porque né (segura a barriga), eu gosto de comida. “Ei, eu sou Mario, vamos fazer uma pizza juntos, eu pego a linguiça e você pega o queijo”... achei que o cara fosse pedir para eu parar, mas ele não falou nada. E de repente eu estou falando de lasanhas, tortelinis e todo tipo de massa que eu consegui lembrar até a fita acabar. Achei que era o fim, mas foi só o começo de uma jornada de 30 anos. Eu sou um dos caras mais sortudos do mundo, porque amo fazer a voz desse personagem, e também de Wario, Waluigi, Luigi, Baby Mario. Eu faço a voz e viajo pelo mundo conhecendo fãs que amam o personagem. Aos 20 anos, eu não sabia o que eu queria fazer, mas queria ser feliz. E hoje eu sou feliz porque faço os outros sorrirem. 

Qual é a diferença de Mario, Wario, Waluigi ou Luigi? 

Eles são parecidos, mas eu os pinto com pinceladas muito fortes, de forma que eles são diferentes. E de certa forma, eu sou um pouco dos quatro. Ainda estou refinando o que faço com eles, porque tudo tem de ser real. Mario é cheio de alegria, amor, lealdade e paixão. 

Ele é como Mickey!

Ele é o que eu quiser que ele seja, hehe. Mas eu sou mais Luigi, um pouco nervoso por tentar coisas novas, um pouco com medo das coisas. Amo Luigi, é um personagem real. Às vezes sou Wario e Waluigi, também, tento interpretar a todos eles de forma divertida e meio boba. A Nintendo é ótima para mim: eles inventam personagens novos, é uma grande diversão. Eu faço um pedaço muito pequeno: trabalho algumas horas enquanto as pessoas trabalham anos para criar essas experiências incríveis. O Cappy, a boina de Super Mario Odyssey, é algo que você nunca pensaria, mas que, no instante que você vê, faz todo o sentido do mundo. 

Qual é a diferença de gravar Mario hoje ou nos anos 1990?

Não muda nada para mim, eu sou só um dublador! Eu só trago minha alegria para o jogo e vou lá gravar vozes. É como se eles dissessem que tem uma caixa de areia pronta, com baldinhos e pás, e eu só tivesse de ir lá brincar. Eu só preciso ser uma criança. 

Qual é seu jogo favorito de Mario? 

É difícil, já fiz quase cem jogos diferentes. Mas Super Mario Galaxy me dá arrepios até hoje. Eu ainda sonho que sou Mario e estou voando e isso começou justamente quando eu jogava Mario Galaxy. Foi um jogo incrível. O outro que fica na minha cabeça é Super Mario 64. Eu já dublava Mario em animações e outras coisas por cinco anos, mas foi o primeiro jogo que fiz. Um dia, eu estava em casa e me ligaram, dizendo que Miyamoto queria que eu dublasse o jogo. Tudo que eu pude responder foi “woohoo!”. 

E qual personagem o senhor gostaria de dublar, além de Mario? 

Olha, nenhum. Porque, de todos os personagens que existem, eu consegui dublar o meu favorito. Eu fiz mais de cem jogos, fiz Skyrim, fiz os jogos de Senhor dos Anéis, mas quando volto pra casa, é Mario. Quando eu faço a voz dele e vejo o sorriso de crianças e adultos, pulando felizes, é mais do que suficiente para mim.

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