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11 mil tablets para a Polícia de SP

Polícia Militar paulista vai instalar tablet desenvolvido no Brasil nas viaturas para ter informações atualizadas; cada um custará R$ 2 mil

Por Agências
Atualização:

A Polícia Militar do Estado de São Paulo adquiriu por meio de licitação 11 mil tablets com o objetivo de modernizar suas operações. Em vez de importar dispositivos como o iPad da Apple, a PM paulista vai usar o i-MXT, primeiro tablet projetado no Brasil.

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“O equipamento será instalado em toda a frota, o que inclui bombeiros, polícia ambiental, polícia rodoviária e policiamento urbano”, afirmou o coronel Alfredo Deak Júnior.

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O diretor executivo da MXT, Etiene Guerra, disse que a entrega dos equipamentos começa nesta semana e vai até o fim do ano. O custo de cada i-MXT instalado em viaturas na capital paulista foi de R$ 2.100 e no interior, de R$ 2.200.

A PM tem dois objetivos principais com essa modernização. O primeiro é fazer com que as informações da corporação sejam transmitidas de modo mais eficiente ao policial. Diferentemente de um computador de bordo, que serve basicamente para fiscalizar o policial pelo GPS e liberar consulta ao banco de dados, o i-MXT também terá informações sobre a análise de uma determinada região, como os tipos de crime que ali ocorrem, e registros de ocorrência, como problemas de zeladoria: buraco na rua, lombada clandestina, má iluminação, entre outros.

 

“Trabalhamos com o propósito de levar conhecimento ao policial na viatura. Além disso, nosso planejamento fica muito mais rico”, alega Deak Júnior.

Outro ponto fundamental é incentivar o PM a ter proatividade. “Vamos supor que o policial passe por uma rua na qual houve um crime no dia anterior. O que ele pode fazer? Descer do carro, conversar com as pessoas e levantar mais informações sobre o que ocorreu. Com isso, ele atualiza na hora os dados no sistema e todos os demais policiais ficam sabendo imediatamente.”

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De acordo com o site da empresa, o i-MXT é mais completo que o iPad, já que possui, entre outras características, saída HDMI, portas USB e câmeras frontal e traseira. Entretanto, a MXT desenvolveu o equipamento para o mercado corporativo. “Atenderia o varejo? Sim. Mas tem outras características. É um tablet industrial, mais robusto e desenvolvido para o setor automotivo”, disse Guerra.

O tablet, cujo projeto custou em torno de R$ 4 milhões para a empresa, roda o sistema Android 2.2, do Google. A companhia norte-americana, no entanto, já desenvolveu o Android 3.0 Honeycomb, mais indicado para tablets.

“Eu acredito que, assim que a nova versão estiver disponível, o sistema poderá ser atualizado”, disse o diretor executivo da MXT, após ser questionado se a PM já não estaria comprando um equipamento defasado.

Inclusão digital. Guerra afirmou que a empresa estuda um projeto específico para inclusão digital com o i-MXT. “Estamos conversando em várias instâncias de governo para ver se isso avança.”

Segundo o diretor executivo, o projeto colocaria a criança de escola pública em contato com o mundo digital. “Isso iria gerar um resultado bacana para o futuro do País, com mais profissionais capacitados para suprir a demanda de mão de obra”, afirmou.

/ Renan Carreira (AGÊNCIA ESTADO)

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