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4G terá mais de 100 milhões de usuários no Brasil até o fim do ano

Projeção da consultoria IDC mostra que País deve ter 108 milhões de linhas ativas de 4G até dezembro de 2017; hoje, país tem 60 milhões de conexões com a tecnologia

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Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:
 Foto: Reuters

A quantidade de conexões à tecnologia de internet móvel 4G no Brasil subirá de 60 milhões em 2016 para 108 milhões este ano, o que representará 40% de aumento da base total de conexões, segundo projeção divulgada pela consultoria IDC nesta quinta-feira, 26. O avanço, segundo a IDC, deve ser impulsionado pela migração dos usuários (muitos detêm mais de um chip) e difusão das redes 4G no País pelas operadoras.

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"Ainda existe uma quantidade muito grande de usuários de 3G que querem ter uma experiência melhor de navegação", observou o gerente de pesquisa em telecomunicações e tecnologia da informação da IDC, André Loureiro. Ele acrescentou, entretanto, que ainda é necessário aumentar a cobertura e a qualidade dos serviços fora das cidades de grande porte, onde atualmente estão concentrados os usuários de 4G.

Há uma semana, a consultoria OpenSignal, que mede a qualidade das conexões de internet móvel no País, soltou relatório dizendo que, embora as operadoras brasileiras tenham avançado no que diz respeito à velocidade das redes, o sinal de 4G ainda é bastante instável – em testes realizados pela empresa, nenhuma das operadoras conseguiu oferecer 4G por mais de 60% do tempo de utilização. 

Apesar do grande salto na qualidade das conexões, o mercado de telecomunicações deve crescer apenas 0,4% neste ano, marcado pelo avanço no consumo de dados e redução das ligações por voz. O mercado corporativo também segue em declínio em meio à crise, sendo compensando parcialmente pelo mercado residencial.

Celulares. A IDC também estima que o mercado de smartphones deve se recuperar em 2017, com crescimento de 3,5% nas vendas, enquanto em 2016 houve baixa mais acentuada na comercialização de aparelhos – a empresa ainda não divulgou os dados finais sobre as vendas de smartphones no País no ano passado. Em 2015, o mercado recuou 13,4%. 

Segundo a IDC, a troca média dos aparelhos ocorre a cada dois anos, em média, e atualmente ao menos 37% da base de aparelhos ativos foi adquirida antes de 2015, o que sinaliza um potencial de aquisições relevante.

"A economia ainda não está melhorando, o desemprego ainda está alto, mas os 2 mil consumidores que participaram da nossa pesquisa dizem que trocam os aparelhos a cada dois anos. É o momento em que, na primeira folga no bolso, eles vão trocar", explicou Reinaldo Sakis, gerente da consultoria na área de dispositivos tecnológicos.

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"Há uma parte grande da base de usuários que ainda não consegue tirar fotos de qualidade, ter uma boa conexão e usar os novos aplicativos. Há uma mudança de hábitos crescente", disse, se referindo ao uso de aplicativos bancários, chamado de carros para transporte privado, redes sociais, entre outros.

Por outro lado, Sakis ponderou que nos últimos dois a três anos o preço médio dos smartphones ficou mais caro, o que, somado com a crise, contribuiu para esfriar as vendas de aparelhos. Com o crescimento projetado para 2017, o número de aparelhos ativos neste ano ainda será inferior ao registrado em 2015.

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