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5. A mulher que entende o homem: Pamela Kerwin

“Steve é como todos os gênios”, diz Pam Kerwin, “quem disse que Mozart foi uma boa pessoa?”, ri. Quando Pamela Kerwin e Steve Jobs se conhecem em 1989, ela é vice-presidente na Pixar e ele não tem metas.

23/05/2010 | 16h10

  •      

 Por Redação Link - O Estado de S. Paulo

Jobs assume a Pixar em 1986 e a transforma. Fundada no final dos anos 70 como uma divisão do império de filmes de George Lucas, é apenas uma das muitas empresas iniciantes na Califórnia. Insegura: sobreviveremos?

Jobs grita. Pressiona. É instável. Mas deixa John Lasseter, o homem da fantasia da Pixar, atuar e se preocupa com aquilo que ele sabe.

Jobs vende produções da Pixar à Disney. “Ele sabia nadar com os tubarões, nós não”, diz Kerwin. “Mas ele não é muito bom em negociar com outros diretores importantes, pois aí egos entram em conflito e ele nunca recua. Mas quando, de jeans e pulôver preto, vende seus produtos como um messias, ele é brilhante. E, neste caso, o ego não atrapalha. O mestre do show precisa de um grande ego”.

Ele muda o direcionamento da Pixar: desenhos animados tornam-se longa-metragens. Surge o roteiro de Toy Story. Jobs prepara a abertura de capital. Tudo dá certo. Toy Story é lançado e o jardim de infância que era a Pixar aos poucos torna-se um conglomerado.

E Jobs aprende. Absorve, analisa, desmonta e remonta, pensa adiante. Graças ao sucesso da Pixar ele volta para a Apple. Desenhos animados, comunicações em rede, mídia de massas.

Ainda na Pixar, Jobs já imagina uma loja virtual, na qual se podiam comprar filmes e músicas, e telefones inteligentes, pequenos computadores, nos quais música e filmes seriam utilizáveis. Tudo claro, direto e simples de ser operado.

Em 1996, ele é chamado de volta para a empresa que fundou 20 anos antes. A Apple havia se tornado um conglomerado sem direção com muitas pessoas dizendo coisas contraditórias. Com muitas vozes, a Apple não tinha mais nenhuma. Steve percebe isso e nasce a atual política sigilo da empresa.

“Ele queria reduzir as vozes até que somente um falasse pela Apple: Steve”, diz um dos desenvolvedores do iTunes. Todo funcionário assina uma cláusula de sigilo, que vale também anos após o desligamento da empresa. Às suas namoradas, funcionários não podem dizer no que trabalham – mesmo porque nem eles mesmos sabem, pois cada produto e cada área têm um código, números e letras. Mesmo os mais importantes engenheiros conhecem apenas os códigos. Quando o produto está finalizado, os que participaram conhecem apenas o plano de construção, não o design.

É um pacto de alta segurança. Todos têm um cartão codificado para acesso ao prédio onde trabalham. Só Jobs nunca carrega um cartão. Quando um porteiro não o deixa passar, é demitido.

A política midiática é a de pura loucura por controle. A Apple conversa com poucos que não constem em uma lista de críticos amigáveis. Pode ser que este mito aumente o falatório, que começa quando um engenheiro deixa um novo iPhone em um bar.

Existem milhares de empresas no mundo que desejam desenvolver aplicativos para celular. Mas se a Apple decide que apenas determinados softwares podem ser usados, então Jobs retira a base dos nerds de hoje.

Será que a Apple já não é o que a IBM foi? Quem estará do lado de uma companhia destas na próxima crise? A prepotência não atinge o prepotente em determinado momento?

E não seria este conglomerado ainda mais forte se, interna e externamente, se comunicasse de forma adulta, ouvindo e respondendo? /TRADUÇÃO DE HARALD WITTMAACK

    Tags:

  • Apple
  • der spiegel
  • Steve Jobs

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