PUBLICIDADE

'A ferramenta de trabalho do futuro precisa ser diferente', diz executivo do Workplace

Para Codorniou, um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento do Workplace, a rede social é uma das formas de atrair os jovens para o mercado de trabalho

Por Bruno Capelas
Atualização:
Julien Codorniu évice-presidente do Workplace, rede social do Facebook para empresas Foto: GRAHAM FLACK

Há sete anos no Facebook, o francês Julien Codorniou é um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento do Workplace. Para ele, a rede social que ajudou a desenvolver é uma das formas de atrair os jovens para o mercado de trabalho – acostumados com Facebook e WhatsApp, eles buscam ferramentas tão boas quanto dentro das empresas. A seguir, os principais trechos da entrevista. 

PUBLICIDADE

Afinal, o que é o Workplace?  Somos uma startup que funciona dentro do Facebook. Acreditamos que todos devem conversar dentro das empresas, dos funcionários ao presidente. Precisamos dar voz a todos. Hoje, vivemos num mundo móvel: muitas pessoas não têm e-mail, mas têm celulares, e é por meio deles que podemos conectar todo mundo. 

Por que dar voz é importante?  Recentemente, lançamos o serviço em uma varejista na América Latina. Durante a implementação, ouvi algo interessante da presidente da empresa: ‘é possível que um futuro presidente da companhia seja uma pessoa que hoje é vendedora de loja. Se ela não tiver um e-mail, eu posso não conhecê-la’. Com o Workplace, os executivos se tornam figuras mais acessíveis, ao mesmo tempo em que é possível celebrar vitórias dos funcionários. 

Mas o e-mail não faz isso?  A nova geração de funcionários quer ferramentas interessantes. Eles cresceram com WhatsApp e Facebook, esperam algo tão bom quanto eles quando trabalham. Hoje, ainda há ferramentas antiquadas. Pense quando você abre o Word. O que você vê? Um papel em formato retangular, como uma folha A4. Por que precisamos formatar nossas ideias dessa maneira? A ferramenta de trabalho do futuro precisa ser diferente. 

Os e-mails vão desaparecer?  Não. Mas, quando uma empresa adota o Workplace, as pessoas mandam menos e-mails e conversam mais. Vendedores em uma loja, por exemplo, podem mandar fotos da sua vitrine para ajudar quem está em outra cidade. É simples, mas afeta a produtividade. 

As pessoas não confundem o Workplace com o Facebook? Não, porque o conteúdo é diferente. No Facebook, você vê fotos da família e dos seus amigos. No Workplace, você vê seu chefe e os seus colegas. 

Como o caso Cambridge Analytica afetou a plataforma?  Não vimos nenhum impacto significativo. Mas falamos com os clientes: eles queriam saber o que tínhamos a dizer, mas também sabem que o Workplace e o Facebook são plataformas diferentes.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.