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A internet 3G no país da Copa do Mundo

Estudo feito nas cidades que sediarão o torneio avalia a qualidade da conexão 3G em estádios

Por Fernando Martines
Atualização:
 

O Brasil está em voga. Afinal, aqui serão realizadas a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Uma parte da estrutura para receber estes megaeventos é oferecer uma boa internet a todos que vão trabalhar ou acompanhar os torneios.Mas, pelo menos por enquanto, as notícias não são boas. Uma extensa pesquisa feita pela empresa My Business em todas as cidades que serão sede da Copa do Mundo mostra que a conexão 3G no Brasil ainda está bem longe do ideal. Os dados fazem parte da pesquisa Balanço da Banda Larga Móvel, feito pela chinesa Huawei e a consultoria Teleco.

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Para realizar a pesquisa, a empresa percorreu mais de 1.200 quilômetros das principais vias de acesso aos estádios que receberão os jogos, aeroportos e pontos turísticos de cada uma das cidades-sede testando a internet 3G das quatro principais operadoras do País. O teste consistiu em verificar a velocidade da conexão, de downloads, uploads e qualidade de streaming de vídeo.

A média geral da taxa de downloads foi de 567 kilobits por segundo (Kbps) e a de upload de 249 Kbps. Muito abaixo do que os terminais possibilitam: no pico, essa velocidade pode subir para 7,2 megabits por segundo (Mbps) em relação aos arquivos baixados e 5,76 Mbps para subir conteúdo na rede.

As cidades que melhor se saíram no teste foram São Paulo e Porto Alegre – ambas com uma taxa de download superior a 660 Kbps e upload superior a 270 Kbps. Já na lanterna ficaram Salvador e Recife e Natal, por apresentarem as piores médias de download (inferior a 400 Kbps) e upload (inferior a 200 Kbps).

A capital paulista, apesar de ter se saído bem no teste, mostrou problemas de conexão em um lugar estratégico: os arredores do terreno do bairro de Itaquera onde será construído o estádio do Corinthians e um dos candidatos para sediar os jogos da Copa em São Paulo. No Rio de Janeiro a mesma coisa. Enquanto a rede 3G teve bom desempenho na orla de Leblon e Ipanema, apresentou baixa qualidade de sinal de algumas operadoras nos arredores do Maracanã, Lagoa e trechos da Linha Vermelha e da Ponte Rio-Niterói.

A Cisco divulgou uma pesquisa no início do ano em que apontava um crescimento três vezes maior de conexões móveis em relação às fixas no Brasil.Agora, o estudo conduzido pela My Business mostra dados das operadoras apontam que em 2010 o Brasil deve terminar com mais de 18 milhões de acessos neste serviço, ante 13,4 milhões da banda larga fixa.

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“Se confirmada esta projeção, o crescimento da banda larga móvel terá sido cinco vezes maior que o da banda fixa”, destaca Eduardo Tude, presidente da Teleco, em comunicado. Cerca de 66% da população e 14% dos municípios são atendidos com a banda larga móvel.

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