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Acesso à internet pelo celular avança no Brasil, mas revela diferenças sociais

Brasil tem 126,9 milhões de pessoas conectadas à internet, com 56% se conectando apenas pelo celular

28/08/2019 | 12h48

  •      

 Por Bruno Romani - O Estado de S. Paulo

CGI divulgou resultados do TIC Domicílios 

Gabriela Biló/Estadão

CGI divulgou resultados do TIC Domicílios 

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O acesso pela internet via telefone celular avança a passos largos no Brasil, mas revela alguns abismos sociais do País. É o que mostrou a  mais recente versão do TIC Domicílios,  estudo que mede os hábitos e comportamento de usuários da internet brasileira - a pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira, 28, pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

O estudo mostrou que 70% da população, ou 126,9 milhões de pessoas, acessou a internet nos últimos três meses, mais do que o dobro registrado uma década antes (34%). O TIC Domicílios 2018 foi realizado entre outubro de 2018 e março de 2019 com 23.508 pessoas em 350 municípios.

O protagonismo do telefone celular, que já vinha tendo destaque em edições anteriores da pesquisa, ficou evidente: 56% dos usuários de internet no País acessaram apenas pelo telefone celular. Em 2014, esse número era de 20%. Pessoas que acessaram apenas pelo computador manteve a tendência de queda iniciada em 2014: antes era de 24% e agora foi de apenas 3%. Quem acessa a rede por ambos dispositivos também apresentou queda: em 2014 era 56% e em 2018 foi 40%. 

Em áreas rurais, o celular é o único dispositivo de acesso para 77% das pessoas. Em áreas urbanas, o número cai para 54%. A diferença entre as localizações geográficas acontece no grupo que usa celular e computador: 40% em áreas urbanas contra 20% em áreas rurais. 

Essa diferença também acontece entre classes sociais. Enquanto na classe A, apenas 12% só tem o celular como dispositivo de acesso, esse número pula para 85% nas classes D e E. Winston Oyadomari, coordenador da TIC Domicílios revelou que essas diferenças impactam na frequência de uso. Nas classes A e B a frequência de uso diário de internet é superior a 90%, enquanto o número cai para 70% nas classes D e E.   "Há uma discussão sobre como essas diferenças podem limitar oportunidades", diz Fábio Senne,  coordenador de projetos de pesquisas do Cetic.br.

O celular também é o único dispositivo de acesso para a maior parte das pessoas nos extremos etários: entre pessoas de 10 a 15 anos (63%), entre 45 e 59 anos (62%) e 60 ou mais (58%). "O uso do PC é maior nas faixas mais revelavantes do mercado de trabalho. A pesquisa da a entender que para uso mais sofisticado,  o uso PC segue relevante", explica Senne. Ou seja, para quem não trabalha, o PC não é uma ferramenta necessária. 

Outro dado que chamou a atenção foi a porcentagem de domicílios que tem conexão à internet, mas não tem computador: 28% entraram nessa categoria. Em 2014, esse número foi de apenas de apenas 7%. O estudo define computador como desktop, notebook ou tablet, então é razoável supor que as conexões nessas casas são feitas apenas por celular. 39% dos domicílios tem conexão e computador, número ligeiramente inferior a 2014 (43%). 30% dos domicílios não tem conexão e nem PC, queda de doze pontos percentuais em relação a 2014. 

 

 

  

    Tags:

  • Brasil [América do Sul]
  • internet
  • telefone celular

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