Acionistas rejeitam divulgar futuro de Jobs

Decisão ocorre no mesmo dia que a Apple anunciou evento no dia 2 para o esperado lançamento do iPad 2

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Por Agências
Atualização:

Os acionistas da Apple rejeitaram nesta quarta-feira, 23, revelar publicamente um plano da empresa para a sucessão do CEO Steve Jobs, de licença médica indefinitivamente desde 17 de janeiro, sem dar detalhes sobre o resultado da votação. Um fundo de investidores da Apple havia feito o pedido de votação para divulgar publicamente um plano da Apple para substituir o cofundador da empresa — que faz 56 anos nesta quinta-feira, 24 — como presidente-executivo.

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Desde a licença de Jobs, cuja condição médica permanece em sigilo, investidores têm pedido mais informações sobre o futuro da empresa. Foi apenas a segunda vez em uma década em que ele deixou de ir à reunião anual de acionistas. As ações da Apple subiram 1,18% nesta quarta.

 

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A decisão de não revelar um plano de sucessão de Jobs foi feita no mesmo dia em que a Apple confirmou um evento no dia 2 de março em São Francisco, em que possivelmente deve apresentar a segunda versão do iPad, o tablet da empresa que alterou o mercado de computadores.

Apesar de rejeitarem a proposta, os acionistas aprovaram com unanimidade a exigência de que a nomeação do conselho da empresa seja feita com votação majoritária, uma vitória da Calpers, o maior fundo de pensão dos Estados Unidos, que têm ações da Apple e havia feito a proposta. De acordo com a Forbes, todos os membros do conselho foram reeleitos, incluindo Steve Jobs.

Os resultados da votação ainda eram preliminares e nenhum detalhe adicional havia sido divulgado até o momento.

O Fundo de Pensões Central Labores, que também possuiu ações da Apple, havia se pronunciado a favor da divulgação do plano para “garantir uma transição ordenada”, caso Jobs deixe o cargo de CEO definitivamente.

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A proposta, porém, não pedia que a Apple divulgasse o nome da pessoa cogitada para assumir o cargo de Steve Jobs, mas que a empresa fizesse um plano de três anos para trocar a liderança, que seria revisto anualmente e divulgado aos  acionistas, e um outro plano emergencial. A proposta seria um mero pedido formal, não uma obrigação da Apple com os investidores.

A Apple, que aconselhou os acionistas a votarem contra a proposta, afirmou que tem um plano interno, mas alega que a divulgação pública poderia expôr informações confidenciais e reduziria a capacidade da empresa de contratar e reter executivos.

A porta-voz do fundo de pensão, Jennifer O’Dell, disse que outra proposta pode ser apresentada nos próximos anos. Mas, até lá, os acionistas poderão sentir o mesmo que agora. Chris Kuhlman, um acionista de Los Angeles, votou contra a proposta. Ele disse que Jobs construiu a base da Apple e que confiava que a empresa tomaria a decisão correta sobre seu sucessor quando for a hora. “A Apple vai ficar bem”, disse.

Tim Cook, o substituto provisório de Jobs, respondeu a perguntas dos acionistas sobre o cofundador da Apple, mas também falou sobre os planos de sucessão da empresa, sobre o que a empresa pode fazer com sua receita de US$ 60 bilhões, sobre quais aparelhos poderão ser lançados depois do iPad e sobre os próximos anos do iPhone.

/ REUTERS,  AP E AGÊNCIA ESTADO

* Última atualização às 19h35.

—- Leia mais:Tim Cook e o futuro da Apple

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