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Ameaça social

Relatório chinês aponta risco intrínseco às redes sociais e recomenda "supervisão"

Por Carla Peralva
Atualização:

“Desenvolvimento das novas mídias da China”. Foi esse o nome dado pela Academia de Ciências Sociais Chinesa (CASS, na sigla em inglês) ao seu novo relatório, que avalia sites sociais, games e outras atividades online. O documento dispensa especial atenção a redes como o Facebook, que, segundo, carregam um risco intrínseco para os interesses chineses.

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Segundo a CASS, a natureza global desses sites, que permitem a comunicação gratuita e irrestrita entre “indivíduos e grupos díspares”, carrega o perigo – frequentemente apontado pela China para defender seus hábitos de censura – de “contaminação cultural”. O relatório diz ainda que o Facebook é uma ferramenta deliberadamente usada pelos governos ocidentais para fomentar noções divergentes de política e cultura na população chinesa. Além disso, a maior rede social do mundo e serviços como o Twitter teriam sido usados para “subversão política” na eleição iraniana de 2009.

Para contornar o problema, a CASS recomenda um reforço de supervisão das redes sociais. Também haverá repressão do que foi classificado como marketing vulgar e violento de games para PC. A ação está programada para começar em primeiro de agosto e tem planos para educar os desenvolvedores locais de games que “excederam socialmente ou politicamente normas aceitáveis”.

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