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Anatel quer garantia de 60% da velocidade

Nova proposta de regulamento do setor de banda larga deve estipular metas de qualidade para serviços de internet

Por Agências
Atualização:

Nova proposta de regulamento do setor de banda larga deve estipular metas de qualidade para serviços de internet

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Por Eduardo Rodrigues

BRASÍLIA – Os maiores provedores de internet banda larga fixa do País serão obrigados a fornecerem aos usuários pelo menos uma média de 60% da velocidade contratada, segundo proposta de regulamento de qualidade para o serviço aprovada nesta quinta-feira, 4, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Após 12 meses, a exigência mínima passará para 70% e chegará a 80% depois de mais um ano.

 

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Atualmente, não existe um patamar mínimo exigido para o serviço fixo de dados, sendo que as operadoras normalmente estabelecem um piso de 10% nos contratos. “A proposta também prevê que o próprio usuário tenha oportunidade de efetuar a medição da velocidade por meio de um software gratuito que será fornecido pelas operadoras”, afirmou o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg.

Entretanto, as novas regras — que ainda passarão por consulta pública — determinam que a chamada velocidade instantânea de transmissão de dados pela operadora a ser medida pelos usuários poderá ser de no mínimo 20% em até 95% das aferições. Nos anos seguintes, essa tolerância passará para 30% e 40% da velocidade de transmissão. As exigências valem para o período de maior tráfego nas redes, entre 10h e 22h.

Interrupção. Além da meta de qualidade para a velocidade, a Anatel estipulou que o serviço não poderá ser interrompido por mais de 7 horas e 12 minutos a cada mês. Esse período equivale a 1% das horas em um mês. Após um ano, o limite cairá pela metade, para apenas 3 horas e 36 minutos.

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De acordo com Sardenberg, o regulamento estava previsto no decreto do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU), lançado em junho deste ano, e também valerá para os contratos de internet fixa do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), cuja meta é levar conexão de 1 megabits por segundo (Mbps) a todo o País até 2014, por até R$ 35 mensais.

Segundo ele, no entanto, as normas de qualidade só serão exigidas das 13 prestadoras com mais de 50 mil clientes no País e deve servir de estímulo às outras 2.987 menores companhias, que terão que alcançar naturalmente esses padrões para se consolidarem.

Capacidade. As novas regras também impõem como meta que a taxa de ocupação das redes não ultrapasse 80% na maior parte do tempo. Para se evitar uma sobrecarga no tráfego de dados, as maiores operadoras deverão ampliar suas redes em um prazo de até 30 dias, sempre que o uso da estrutura chegar a 90% da capacidade.

Além disso, essas companhias terão que manter serviços de atendimento ao cliente (SAC) por telefone, a exemplo das empresas de telefonia, com prazos específicos para o atendimento das demandas dos usuários. Para que as empresas se adaptem às novas exigências, o cumprimento das metas de qualidade só será cobrado pela Anatel a partir do nono mês após a aprovação final do regulamento, que deve acontecer até outubro.

Para incentivar a entrada de novas empresas no mercado brasileiro de banda larga, a Anatel também propôs a redução dos preços cobrados pela autorização para que empresas menores passem a oferecer internet banda larga fixa. Atualmente, a outorga custa R$ 9.000, independentemente do tamanho e do alcance das prestadoras, mas com a mudança, o custo para operadoras municipais de banda larga cairá para apenas R$ 400, enquanto as operadoras estaduais terão que pagar R$ 1.200 pela licença.

/ AGÊNCIA ESTADO

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