Após acordo; Índia permite BlackBerry no país

Agentes de segurança terão acesso ao sistema de mensagens do celular

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Por Murilo Roncolato
Atualização:
 

O governo indiano afirmou na última sexta-feira, 29, que a Research in Motion, fabricante do BlackBerry, poderá continuar com seus serviços de mensagens no país. A empresa fez um acordo com o país e permitiu que agências de segurança indianas tivessem acesso aos dados trocados pelos aparelhos.

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A fabricante canadense já teve problemas com outros países, como Turquia, os Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Nestes dois, a empresa também fechou acordos e teve seu serviço liberado. Já na Turquia a RIM ainda enfrenta dificuldades.

Os governos alegam que o sistema criptografado de mensagens e emails do Blackberry pode ser usado por terroristas para planejarem ataques sem correrem o risco de serem descobertos. O assunto ganhou força após investigação sobre o ataque terrorista em 2008 em Mumbai, no qual os criminosos usaram os aparelhos da RIM para a comunicação.

A RIM quase teve seus serviços proibidos na Índia em agosto, quando o país impôs um prazo para que a empresa desenvolvesse mecanismo que possibilitassem o envio dos dados transmitidos pelos aparelhos para o governo indiano. Quase estourando a data limite, a empresa forneceu “soluções” e ficou aguardando por uma avaliação e aprovação indiana.

Foram aprovados até agora o serviço de fala e mensagens SMS. Nada ainda foi comentado sobre emails. Mas na sexta-feira, 29, um porta-voz da empresa disse que os diálogos com o país ainda são “construtivos” e está confiante sobre um posição final feliz para a história.

Cerca de 1 milhão dos 41 milhões de usuários da Blackberry estão na Índia, segundo informações da Dow Jones Newswires.

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A RIM não é a única empresa a ser cobrada por envio de informações, o Google e o Skype também estão na mira do país.

Com informações da Dow Jones Newswires

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