Processo alega que Apple e cinco editoras fizeram um pacto para aumentar preços de livros eletrônicos, forçando Amazon a abandonar sua política de descontos
WASHINGTON – Um escritório de advocacia dos Estados Unidos abriu um processo contra a Apple acusando a empresa de manipulação do mercado dos livros eletrônicos junto com cinco editoras para forçar a Amazon a abandonar sua política de descontos, segundo um comunicado divulgado nesta quinta-feira, 11, à imprensa.
O processo, apresentado em nome do escritório Hagens Berman, com sede em Seattle, sustenta que a Apple e as editoras HarperCollins Publishers, Hachette Book Group, Macmillan Publishers, Penguin Group e Simon & Schuster chegaram a um pacto para elevar os preços dos livros eletrônicos.
Segundo o documento, esse suposto pacto, feito no início de 2010, “forçou” a Amazon a abandonar a política de descontos que tinha empreendido para promover o Kindle. Os litigantes, que lembram que Amazon vendia seus livros eletrônicos a US$ 9,99 ou menos, alegam que a Apple e as cinco editoras violaram assim uma série de leis federais e estatais antimonopólio.
Fundada em 1976 na Califórnia, a Apple se transformou na terça-feira passada pela primeira vez em sua história na empresa mais valiosa do mundo em termos de valor de mercado, ao ultrapassar durante alguns minutos a companhia petrolífera americana Exxon Mobil em Wall Street. Na quarta, a Apple fechou o dia financeira como empresa mais valiosa do mundo.
A constante alta na bolsa do criador dos computadores Macintosh e dos iPod, iPhone e iPad já lhe permitiu em maio de 2010 superar em valor de mercado a sua eterna concorrente, Microsoft.
/ EFE