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Apple x Adobe: briga chega ao Facebook

Banimento do Flash no iPad causa tensão entre as empresas

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Por Redação
Atualização:

Desde o anúncio da incompatibilidade entre o iPad e o Flash, seguido pelo arroubo de sinceridade de Steve Jobs – que afirmou não fazer questão alguma de que seus lançamentos sejam compatíveis com o plugin da Adobe – que as duas empresas andam se estranhando. Diversos funcionários da Adobe chegaram a manifestar sua insatisfação em blogs pessoais e Twitter, e até uma página especial no Facebook foi criada.

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A guerra ficou um pouco mais complicada esta semana, com a revisão feita pela Apple em seu acordo de licenciamento para desenvolvedores. Desde quinta-feira, programadores de todo o mundo passaram a atender a um conjunto de regras bem mais limitado se quiserem desenvolver aplicativos para iPhone ou iPad. A mudança no texto da licença da Apple diz:

3.3.1.: Aplicativos podem usar apenas as APIs autorizadas, da maneira prescrita pela Apple, e não podem usar ou requisitar quaisquer APIs particulares. Aplicativos devem ser escritos originalmente em Objective-C, C, C++ ou JavaScript como executados pelo iPhone OS WebKit engine, e apenas código escrito em C, C++ e Objective-C podem compilar e linkar diretamente para as APIs autorizadas (ex.: Aplicativos que linkam para APIs autorizadas através de uma tradução ou camada de compatibilidade intermediária são proibidos).

A mudança foi percebida inicialmente por John Gruber, do blog Daring Fireball. A Adobe publicou uma resposta oficial, afirmando que “a capacidade de criar um aplicativo para o iPhone ou iPad é apenas uma função em um produto da Creative Suite – que contém 15 diferentes aplicativos. [...] Ainda pretendemos entregar esta função no CS5, e depende da Apple decidir permitir ou não este tipo de aplicativos à medida que suas regras mudam.”

A Adobe afirma ainda que o multitoque é uma tecnologia que vai além dos aparelhos da Apple, e que estão trabalhando com um grande número de parceiros no segmento para continuar oferecendo conteúdo e aplicativos.

No Facebook, a briga ganhou status de rivalidade com a criação da página de fãs “I’m with Adobe” (“Estou com a Adobe”). O grupo afirma que “desde o banimento do compilador de Flash para iPhone, que começaria a ser vendido no sábado, 10 de abril, não há mais discussão sobre quem é o vilão da história, e que a Apple provou ser anti-competição, anti-desenvolvedor, e anti-consumidor.”

O grupo ironiza ainda que a próxima estratégia da Apple seria “banir do iTunes todos os artistas que mixaram seus álbuns em um PC”. Steve Jobs afirmou no lançamento da nova versão do sistema operacional do iPhone que a posição da Apple em relação ao Flash não tinha mudado.

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