As oportunidades surgem quando se busca uma solução

Anderson Ferminiano Rodrigues*

PUBLICIDADE

Por Redação Link
Atualização:

SÃO PAULO – Aos 13-14 anos, olhando um antigo álbum de figurinhas do Pokémon, tive a vontade de jogar um dos clássicos jogos da série. Enquanto jogava no Game Boy Color um dos clássicos jogos da Nintendo, Pokémon Yellow, percebi que poderia ser divertido batalhar com outros jogadores online. Com muita criatividade, dedicação e uns 100 reais, iniciei o meu novo jogo.

PUBLICIDADE

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook, no Google+ no Tumblr e no Instagram

Em pouco tempo, meu álbum de figurinhas se transformou num banco de dados de pokémons virtuais. Apenas no dia do lançamento, mais de 250 pessoas se registraram e começaram a batalhar entre si. O jogo que era em português, logo foi traduzido para o inglês e expandido para quatro países: Brasil, Portugal, Estados Unidos e Austrália. Obviamente eu não podia usar a marca do Pokémon para comercializar o jogo, o que causou o fim dele.

O que eu mais aprendi fazendo esse jogo foi que dificilmente eu teria ideias, mas eu teria milhares de necessidades. A diferença é que quando eu senti a “necessidade” de batalhar online com outros jogadores, eu não ignorei a possibilidade de resolvê-la. A partir deste momento, tentei converter o máximo de problemas que apareciam na minha frente em soluções viáveis para todos.

Foi o que aconteceu também no ano de 2012, quando criei o Estudar nos EUAwww.estudarnoseua.com.br) com mais três amigos. Apesar de eu ter o sonho de estudar nos Estados Unidos desde os 15 anos, foi só no ano passado, quando morei no Vale do Silício, que consegui todas as informações necessárias para fazer evetivamente o processo de admissão em universidades americanas. A informação que eu tinha até esse ano era, em grande parte, genérica ou até errada.

Juntos, planejamos e criamos um site que compila todo o material necessário para dar entrada em uma universidade americana. Todo o conteúdo é de graça, em português e acessível a qualquer um. Neste caso, o problema era tão grande que o projeto foi reconhecido pela Fundação Lemann (fundada pelo Jorge Paulo Lemann), organização que financia hoje a manutenção do site.

Nesses seis anos, transformar meus próprios problemas em soluções foi a melhor forma que encontrei para empreender. Dessa forma, eu tenho certeza de que o problema existe e de que não estou cometendo o famoso erro de criar uma solução para um problema imaginário. Além disso, a solução criada se torna mais fiel ao problema, já que consigo identificar se meu produto realmente condiz com a sua proposta.

Publicidade

*É um dos fundadores do eduque.me, site para financiar jovens que querem estudar em universidades no exterior. Ele tem 18 anos

—-Leia mais: • Link no papel – 28/01/2013

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.