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As pioneiras que a tecnologia 'esqueceu'

Conheça as histórias de algumas mulheres responsáveis por tecnologias que mudaram o mundo

Por Ligia Aguilhar
Atualização:
 

SÃO PAULO – Na tentativa de afastar a filha da poesia, a mãe de Ada Lovelace, filha do poeta Lord Byron, a incentivou a estudar matemática. Ada seguiu, então, o que chamou de “ciência poética”. Em 1833, ela conheceu Charles Babbage, cientista e engenheiro inglês que projetou duas máquinas consideradas precursoras do computador moderno.

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Ao traduzir um artigo sobre uma dessas máquinas do italiano para o inglês, ela acrescentou várias notas explicativas que contém o que é considerado o primeiro programa de computador da história, um algoritmo processador de dados que foi essencial para que Alan Turing formulasse as bases da ciência da computação.

 

Outra história menos conhecida é a de Hedy Lamarr, atriz de Hollywood e estrela do clássico Sansão e Dalila, que durante a Segunda Guerra Mundial criou um aparelho de comunicação capaz de despistar radares nazistas. A tecnologia serviu de base para criar o celular.

Ela submeteu sua invenção aoDepartamento de Guerra norte-americano, que o recusou, em 1941. Em a1942 ela patenteou a tecnologia, que só passou a ser utilizada em 1962, por tropas militares dos EUA em Cuba , quando a patente já havia expirado. O papel de Hedy Lamarr no desenvolvimento da tecnologia ficou desconhecido até 1997, quando a Electronic Frontier Foundation deu a ela um prêmio por sua contribuição. Ela faleceu em janeiro de 2000.

 

Projetista de software e engenheira de redes, Radia Perlman é formada pelo MIT e chamada de “mãe da internet”, embora desaprove o título. Ela criou o protocolo Spanning Tree, fundamental para a operação de redes de computadores. Ela fez outras diversas contribuições para a engenharia de redes.

Em uma entrevista, ela revelou nunca ter percebido a diferencia entre os gênero durante seus estudos porque durante anos foi a única mulher da sua turma. Ela só percebeu a diferença quando uma outra mulher entrou para estudar na sua sala.

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Grace Hopper foi analista de sistemas da Marinha norte-americana entre as décadas de 1940 e 1950. Ela criou a linguagem de programação Flow-Matic, hoje extinta, que serviu como base para a criação do Cobol, uma linguagem orientada para o processamento de bancos de dados comerciais. Dizem que é dela, também, a criação do termo “bug” para se referir a uma falha no código-fonte.

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