Banda larga móvel supera fixa no Brasil

Soma de acessos à internet por celulares e modens 3G supera o número de assinantes de banda larga fixa

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Por Agências
Atualização:

O número de acessos em alta velocidade à internet por dispositivos sem fio no Brasil superou o volume de acessos fixos pela primeira vez no primeiro trimestre deste ano, aponta um levantamento divulgado nesta sexta-feira, 18.

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Ao final dos três primeiros meses deste ano, o total de acessos à internet por banda larga móvel somou 11,9 milhões ante 11,8 milhões de acessos fixos, afirma levantamento da consultoria de telecomunicações Teleco em parceria com a fabricante chinesa de equipamentos Huawei.

Segundo o estudo, 4,9 milhões de novos celulares e modems 3G foram ativados no Brasil no primeiro trimestre deste ano, o que colaborou para o crescimento da internet móvel. No total, o Brasil tem 8,7 milhões de celulares 3G e 3,2 milhões de modems.

Com isso, a consultoria reviu suas estimativas para 2010 para um total de 18 milhões de acessos móveis e 13 milhões de fixos ante previsão anterior de 15 milhões de acessos em banda larga móvel e 14 milhões por redes fixas este ano.

O desempenho do primeiro trimestre marca uma expansão de 70% no número de acessos móveis à internet em alta velocidade em relação aos 7 milhões do final de 2009, segundo o levantamento.

Enquanto isso, a base de linhas fixas de banda larga cresceu apenas 3,5% na comparação com os 11,4 milhões do ano passado, ressaltando a urgência das operadoras de telecomunicações em reforçar suas ofertas de internet móvel.

Recentemente, a Vivo, maior operadora celular do país, anunciou plano para expandir sua cobertura de acesso em tecnologia de terceira geração (3G) de 600 para cerca de 2.800 cidades do país até o final de 2011.

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Segundo o levantamento da Teleco, a banda larga móvel representou no primeiro trimestre 15% da receita das operadoras celulares do país ante 11,5% um ano antes.

Do total de acessos móveis no primeiro trimestre, 8,7 milhões foram feitos por celulares enquanto o restante por modems.

Apesar do crescimento vigoroso, “a densidade de banda larga no Brasil está abaixo da média mundial”, afirma o levantamento, citando ainda que os preços da banda larga móvel no Brasil são maiores que os praticados na América Latina e Europa, “influenciados pela carga tributária e pelo subdimensionamento das redes, em especial em relação à capacidade das redes de transmissão”.

(REUTERS)

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