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Banda larga não chega às escolas; segundo Anatel

Levantamento da Anatel mostra que teles não cumpriram as metas de levar banda larga às escolas brasileiras

Por Agências
Atualização:

Um levantamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostra que operadoras estão descumprindo as metas para acesso à internet por banda larga às escolas urbanas brasileiras, o chamado Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) 2,5. A afirmação é do secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez.

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Segundo ele, o atraso da meta foi incluído na discussão do PMGU 3 realizado entre o governo e as empresas de telecomunicação.

A informação foi confirmada por uma fonte da Agência Estado.

A meta era de que todas as escolas urbanas tivessem acesso à internet de 1 megabit por segundo (Mbps) até o fim do ano passado, e um mínimo de 2 Mbps a partir de 1º de janeiro deste ano. O acordo previa levar banda larga para 60 mil escolas públicas em todo o País em troca dos postos de serviços telefônicos, mas a Agência Estado apurou que a Oi cumpriu só 25% dessa determinação. A Telefônica cumpriu 98% e só CTBC e Sercomtel cumpriram 100% da obrigação.

“Uma primeira amostragem feita pela Anatel mostrou que algumas operadores estão com muita dificuldade (para cumprir as metas)”, disse Alvarez durante o evento de comunicações Rio Wireless.

Segundo ele, a agência fará uma reunião na semana que vem junto com o ministério para identificar o motivo das falhas.

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“O mais provável é que (a operadora) não deu conta do investimento, da sua capacidade, da sua rede instalada”, disse.

Paulo Mattos, diretor de regulamentação da Oi, porém, contesta essa avaliação. Ele argumenta que, conforme o acordo, a empresa teria a obrigação de levar banda larga de 1 Mpbs para 48 mil escolas até o fim do ano passado e, a partir de 1º de janeiro, aumentar a velocidade para 2 Mbps onde houvesse “capacidade técnica e disponibilidade de rede”.

Segundo o executivo, a Oi implantou conexão de 2 Mbps para 12 mil escolas; em 120 a velocidade é de 4 Mbps e em outras 10 a banda larga é de 10 Mbps. Nas outra 35.870 escolas, onde a velocidade é de 1 Mbps, Mattos ressaltou que a velocidade não foi aumentada devido a restrições técnicas e que a empresa está aberta para prestar os devidos esclarecimentos ao ministério e à Anatel.

Procurada, a Telefônica informou que cumpriu o acordo firmado com o governo em sua totalidade.

Os planos instituídos inicialmente em 2008 estavam sendo conduzidos pela então ministra e hoje presidente Dilma Rousseff. A cobrança do Ministério das Comunicações chega num momento em que o governo negocia com operadoras o PMGU 3, que estabelece metas para acesso a banda larga.

Na semana passada, Dilma elevou o piso de 1 Mbps para a conexão, por considerar que os menos de 600 kbps que estavam em discussão eram insatisfatórios. A data para o anúncio foi adiada para 30 de junho.

/ Sabrina Valle e Karla Mendes (AGÊNCIA ESTADO)

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* Atualizada às 20h47

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