Batalha de navegadores

Testamos os cinco principais browsers. Veja qual é o melhor para você

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Por Redação
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O navegador ainda é a principal porta de entrada para a internet. Apesar da febre da abertura das APIs, que possibilita a criação de softwares específicos para gerenciar algumas plataformas web – como é o caso do Twitter, cheio de aplicativos para desktop – 90% do que a gente faz online ainda é via browser.

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E com o desenvolvimento de plataformas na nuvem avançando cada vez mais, surge a perspectiva de usar o computador totalmente por meio deles. Essa é a ideia do Chrome OS, sistema operacional do Google, sem data de lançamento.

Os cinco maiores navegadores do mercado – Opera, Safari, Internet Explorer, Chrome e Firefox – seguem, no geral, as mesmas características. Têm abas, possibilitam a instalação de extensões, leem feeds de notícias. Mas nos detalhes e no dia-a-dia, cada um acaba servindo melhor para um propósito.

O Opera, por exemplo, é muito bom para compartilhar fotos e músicas e o IE9 se integra ao Windows 7 melhor do que qualquer outro browser. Analisamos cada browser e aquilo que eles fazem de melhor – e de pior.

CHROME Mesmo exibindo no topo um espaço para as abas, a barra de navegação e uma barra de favoritos por padrão, o Chrome tem um espaço de navegação invejável. Foi o primeiro dos grandes browsers a adotar o minimalismo, tanto no design quanto no conceito – e isso é bom, porque deixa o usuário só com aquilo que realmente importa. Tem à disposição muitos tipos de extensão, caso a simplicidade não agrade. O melhor é a rapidez, tanto na navegação quanto nos processos do dia-a-dia: trocar de aba, abrir uma nova… é tudo muito veloz. Travar é raro – mesmo com muitas abas abertas – mas quando isso acontece, a sessão é salva e recuperada na próxima vez que o browser é usado (na maioria das vezes). É o navegador ideal para usar serviços do Google. Tem boa performance rodando HTML5, inclusive em aplicações inovadoras. Contudo, pode incomodar usuários avançados justamente pela excessiva simplificação nos comandos.

FIREFOX O primeiro grande navegador a fazer frente, de fato, à hegemonia do Internet Explorer é imbatível por causa das extensões: são mais de dois milhões. Dá para fazer praticamente qualquer coisa com o Firefox instalando um programinha – integrar a ele e-mail, redes sociais e agenda, transformá-lo em um cliente de FTP ou até em um gerenciador de HD virtual. Extensões novas são lançadas diariamente, e a comunidade de desenvolvedores é numerosa e ativa. Poder personalizar a imagem da barra no topo da tela, na versão 3.6, é ótimo, mas a própria acaba sendo muito grande: o Firefox é o que tem menos espaço de navegação entre os cinco browsers. Bem integrado aos serviços do Google, ele peca por não dar ao usuário controle sobre o quanto as extensões instaladas tornam o uso do navegador mais pesado. O Firefox, que é leve, pode ficar inutilizável se o usuário se empolgar nos add-ons.

INTERNET EXPLORER 9 Que fique claro desde o início: essa é uma versão beta. Ainda assim, é tudo muito lento e instável. A nova versão do navegador da Microsoft demora muito tempo para responder a comandos simples, que qualquer um usa no dia-a-dia: rolar a página, clicar com o botão direito em um link, abrir um link em uma nova aba… trocar de aba, então, chegou a levar mais do que cinco segundos! Outro problema foi a integração difícil com vários serviços do Google. O navegador simplesmente não abriu o Google Docs – nessa hora foi necessário desistir dele e ir para o Chrome. Não dá, contudo, para criticar o IE9 por ser mal integrado ao sistema operacional (ao menos no caso do Windows 7). Dá para salvar sites na barra de ferramentas e, de lá mesmo, acessar funções específicas ou ter preview das abas abertas direto do ícone minimizado. O IE9 também é muito fraco em plugins: são pouquíssimas as opções disponíveis.

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OPERA Enquanto os outros navegadores preferem agradar pela simplicidade, o Opera segue o caminho contrário. O navegador também serve como uma plataforma de compartilhamento P2P, tem uma rede social própria e permite compartilhar notas e trocar mensagens instantâneas com quem também usa o Opera. Compartilhar arquivos pela própria interface do browser é muito fácil. Com um clique, fotos e músicas ganham um link (que pode ser protegido por senha ou não). Daí, é só enviar para os amigos. O que o Firefox e o Chrome oferecem via extensão é característica nativa aqui. O turbo, ativado facilmente, diminui a qualidade das fotos e acelera o carregamento das páginas, e pode ganhar muito tempo de navegação em conexões discadas. A maior virtude do Opera também pode ser seu maior defeito: tantos botões e funções nativas podem assustar quem procura um browser que faça o básico, ou seja, navegue na internet.

VERSÃO MOBILE: O Opera Mini se integra ao navegador no PC – salva e sincroniza sessões e favoritos

SAFARI É verdade que, no Windows 7, o Safari não está em seu habitat natural. Mas mesmo em cativeiro, ele poderia muito bem iniciar e executar funções simples – como mudar de abas – mais rapidamente. O layout é limpo e bonito, como manda o protocolo da Apple para design. A quantidade e diversidade de extensões disponíveis também surpreendeu. E é muito fácil de instalá-las: a barra de progresso da instalação roda na própria tela e as funções ficam disponíveis na hora, sem a necessidade de reiniciar o programa. O desempenho do Safari rodando aplicações em HTML5 foi impecável. E sua nova versão, no Windows 7, tem uma função interessante: ao minimizar o browser com várias abas abertas, o ícone na barra de iniciar exibe cada aba separadamente ao ser clicado. Essa função só está disponível nele e no IE9. A maior falha do Safari é que é um navegador pesado, que precisa de hardware bom para rodar livremente.

VERSÃO MOBILE: O Safari para iPhone oferece uma das melhores experiências de navegação em celular

—- Leia mais:Análise: Dizem que a web está morta, mas ela acaba de nascerO que o seu navegador sabe de vocêLink no papel – 27/09/2010

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