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Botão +1; o 'Curtir' do Google

Nova ferramenta é mais uma tentativa de fazer frente ao crescimento do Facebook

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Por Redação
Atualização:

Mais uma vez, o Google tenta ficar mais social, embora ainda esteja pagando o preço pelos erros que cometeu nessa área. Ele lançou na quarta, 30, mais uma tentativa de ferramenta social, o botão +1. No mesmo dia, encerrou, com a Comissão Federal do Comércio (FTC na sigla em inglês), o caso em que foi acusado de abusos relativos à política de privacidade ao lançar o Buzz, em 2010.

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Segundo o acordo firmado entre Google e FTC, a empresa se comprometeu a adotar um programa de privacidade, além de concordar em pagar US$ 16 mil em multas para eventuais futuras descrições enganosas da política de privacidade. A acusação e a decisão são inéditas, segundo a própria FTC.

Curtiu? O botão +1 permite que as pessoas recomendem sites nos resultados buscas e nos anúncios a seus amigos. Sim, o +1 é bem parecido com o botão Curtir do Facebook. E logo mais, vai dar para incluir um botão +1 em qualquer página, como hoje acontece com o Curtir. Mas, segundo Matt Cutts, um dos principais engenheiros do Google, que esteve à frente do desenvolvimento do +1 e é chefe de webspam da empresa, o botão do Google é diferente porque “é útil exatamente ali onde você busca e não fica te atrapalhando enquanto você faz outras atividades”.

O lançamento do +1 e as acusações da FTC destacam dois dos maiores problemas do Google hoje: o aumento da concorrência do Facebook e as constantes críticas relativas a privacidade. O Google, que tenta há tempos tornar seus serviços mais sociais, está sob intensa vigilância devido ao amplo acesso que tem aos dados pessoais de usuários. Mas, ao mesmo tempo, precisa encarar a concorrência do Facebook, que atrai cada vez mais tempo e informações dos usuários e dólares de publicidade.

Para piorar para o lado do buscador, cada vez mais pessoas se voltam para a rede social para fazer pesquisas, como “qual o melhor lugar para passar as férias”. Elas confiam mais na indicação de um amigo do que num motor de busca anônimo. Com o botão, +1, o Google quer personalizar os resultados das buscas. Cutts enfatiza que a companhia aprendeu com as críticas ao Buzz – seu lançamento em fevereiro de 2010 desencadeou uma avalanche de reclamações de usuários e defensores da privacidade porque incluía automaticamente os contatos de e-mail nas redes sociais.

Cutts destacou muitas vezes que o que será compartilhado no +1 é estritamente público. “Se você não quer recomendar sites a seus amigos nem divulgar suas recomendações ao mundo, basta não clicar no botão +1”, diz. Com o +1, o Google quer personalizar os resultados de busca.

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O nome +1 vem de uma gíria de internet que sinaliza que a pessoa aprovou o que outra disse. Quando estiver logado na conta Google, o usuário poderá clicar o botão +1 nos resultados de busca para recomendar aquela página. E, ao consultar os resultados, verá quantos usuários recomendaram um site, além de ver quais de seus amigos aprovaram aquele link. Quando alguém recomenda um resultado de busca que conecte, por exemplo, a um hotel e, mais tarde, esse hotel anunciar no Google, a recomendação aparecerá no anúncio.

O Google encontra pessoas que os usuários conhecem por meio do Gmail, do Gtalk, do Reader e do Buzz. Mais tarde, incluirá contatos de outros serviços, como Twitter e Flickr. O Facebook não será incluído, pois os dados compartilhados ali não são consideradas públicas, diz Cutts.

Práticas. Nas acusações contra o Google, a FTC disse que a companhia violou sua própria política sobre privacidade ao usar informações das contas de Gmail dos usuários no Buzz sem a autorização destes. A FTC espera que o acordo tenha consequências em todo o setor. “Achamos que muitas das disposições desta ordem são boas práticas e esperamos que sejam obedecidas em todo o setor”, diz Jessica Reich, do Departamento de Proteção do Consumidor da FTC.

/TRADUÇÃO ANNA CAPOVILLA

—-Leia mais:Link no papel – 04/04/2011

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