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Brasil sobe em ranking de tecnologia

País ganhou cinco posições no levantamento do Fórum Econômico Mundial e fica em 56º entre 138 países, ainda atrás de China e Índia

Por Agências
Atualização:

O Brasil subiu cinco posições no ranking global de tecnologia da informação do Fórum Econômico Mundial e agora ocupa o 56º lugar entre 138 países. O levantamento apontou melhora do ambiente de negócios para o setor, mas o considerado excesso de regulação e impostos ainda pesa desfavoravelmente, conforme a 10ª edição do levantamento.

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Apesar do avanço, o Brasil está atrás de outros dois Brics, a China (36º) e a Índia (48º), superando somente a Rússia (77º). “A China é de longe o país que mais alavanca a tecnologia entre os quatro Brics”, diz a entidade. Desde 2006, a China ganhou 23 posições no levantamento. Entretanto, o ranking também aponta problemas no ambiente empresarial, elevada carga de impostos e a “limitada” liberdade de imprensa – enquanto o Brasil aparece bem avaliado nesse último quesito.

Na América Latina, nenhum país consegue ficar entre os primeiros colocados no ranking global do Fórum Econômico Mundial. Na região, o Brasil perde para o Chile (39º) e Uruguai (45º).

O fórum avalia que o setor empresarial brasileiro é inovador e lidera o uso da tecnologia no País. A sofisticação do mercado financeiro aparece como a melhor nota entre os vários critérios analisados. Conforme a entidade, a tecnologia é um componente da visão de futuro do governo, utilizada para aumentar o acesso aos serviços básicos.

Entretanto, o Brasil aparece em último lugar nos quesitos de regulamentação e taxação. O ambiente de negócios poderia ser melhorado por meio da redução da ineficiência, avalia o fórum.

Embora o setor empresarial seja apontado pela capacidade de inovação, o uso da tecnologia pelas famílias brasileiras encontra barreiras. As tarifas de telefonia celular e banda larga cobradas dos indivíduos no País estão entre as mais elevadas do mundo.

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Além disso, conforme o levantamento, o baixo padrão do sistema de educação impede que mais pessoas usem a tecnologia no Brasil.

O estudo avalia que o crescimento das economias emergentes também transformará o mundo da internet, hoje dominado pela atuação das nações desenvolvidas. A tendência é a de que a atividade online mude cada vez mais para o lado dos cidadãos dos países em desenvolvimento. “A próxima década verá a internet global transformada de uma arena dominada pelos países avançados, seus negócios e cidadãos, numa onde as economias emergentes se tornarão predominantes”, diz o levantamento.

O fórum também acredita que a melhora da velocidade e qualidade da banda larga e a tecnologia da Web 2.0 mudarão dramaticamente a dinâmica econômica e social ao redor do mundo, com grandes implicações para os ganhos de produtividade. Para a entidade, o ambiente representa uma oportunidade de ganhar vantagens competitivas para todos os países.

Suécia e Cingapura continuam ocupando os dois primeiros lugares do ranking, respectivamente. Em seguida ficaram Finlândia, Suíça, Estados Unidos, Taiwan e China, Dinamarca, Canadá, Noruega e Coreia do Sul, completando os dez primeiros colocados. “Os países nórdicos e Tigres Asiáticos confirmam sua liderança na adoção e implementação de avanços na área de tecnologia da informação para sustentar o crescimento e desenvolvimento”, diz o comunicado do fórum.

/ Daniela Milanese (AGÊNCIA ESTADO)

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