Mais de 75% dos entrevistados consideram bullying pela web diferente de outros tipos de perseguição
“Os dados mostram claramente um apetite entre pessoas ao redor do mundo por uma resposta direcionada ao ciberbullying”, disse Keren Gottfried, da empresa de pesquisas Ipsos, que conduziu a pesquisa. Ela acrescentou, contudo, que depende dos educadores agir de acordo com essa demanda.
A pesquisa online, que englobou mais de 18 mil adultos em 24 países, dos quais 6.500 são pais, mostrou que o veículo mais utilizado para o ciberbullying são sites de redes sociais como o Facebook, citado por 60% das pessoas. Aparelhos móveis e salas de bate-papo na internet ficaram nos distantes segundo e terceiro lugares da pesquisa, sendo que cada um deles foi citado por 40% das pessoas.
Embora a pesquisa tenha mostrado que a conscientização sobre o bullying pela web é relativamente alta, com dois terços das pessoas afirmando que ouviram, leram ou viram informações sobre o fenômeno, a pesquisa mostrou que há muitas diferenças culturais e geográficas a respeito dele.
Na Indonésia, 91% dos entrevistados disseram conhecer esse tipo de bullying. Na Austrália, o número foi de 87%, e Polônia e Suécia ficaram a seguir. Mas somente 29% das pessoas ouvidas na Arábia Saudita e 35% dos entrevistados na Rússia haviam ouvido sobre o assunto. Nos Estados Unidos, onde divulgou-se amplamente casos de ciberbullying ligados a suicídios de adolescentes, o número foi de 82%.
/ REUTERS