Busca local para competir com o Google

Em Cingapura, os investimentos em internet do grupo SPH (Singapore Press Holding) – que viu a gorda rentabilidade publicitária de mídia impressa reduzida neste ano e um inexpressivo crescimento em internet – estão concentrados na nova ferramenta de buscas Rednano.

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Por Redação Link
Atualização:

Desde o lançamento do produto, uma das políticas comerciais da empresa de comunicação é a de não veicular campanhas publicitárias de anunciantes que não investem em ferramentas de busca (searching).

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O Rednano também foi replicado em outras plataformas. O produto é a estratégia para atrair internautas com resultados de notícias mais precisas em conteúdos relacionados à Cingapura. “Se você quiser saber o que o presidente Obama comeu no café da manhã, vá ao Google mas se você quer saber sobre Cingapura, busque o Rednano. Nós conhecemos melhor Cingapura do que o Google. E esperamos atingir o ponto de equilíbrio financeiro com o Rednano em cinco anos. Existem pessoas de Cingapura que não aparecem nas buscas do Google e nós vamos coloca-las online”, afirma Paul Jansen, CEO da empresa, que começou a fazer parcerias com outras empresas de internet para a inclusão de publicidade no Rednano.

Além do novo site de buscas, o grupo SPH lançou sites internacionais de notícias em outros idiomas para atrair leitores também na China, Filipinas e outros países.

Aumentar a visibilidade internacional e reforçar a visibilidade online também é a meta de grupos de comunicação espanhóis que tiveram um duro 2009. Segundo o chefe do departamento de projetos jornalísticos da Universidade de Navarra, Ramón Salaverría, o grupo El Mundo passou a ostentar há cerca de 10 dias, a marca única “ElMundo.es” para qualquer plataforma editorial.

O El País quer aumentar a presença além fronteiras. “A Espanha é para os países de língua espanhola o que os Estados Unidos representam para o mundo. A estratégia dos meios de comunicação espanhois é de se tornarem globais, num momento em que se volta a discutir conteúdo pago na internet localmente, após a crise americana do subprime.” Depois da explosão da bolha da internet, no início da década de 2000, o El País decidiu cobrar pelo acesso a conteúdo editorial mas recuou anos depois, pressionado pela concorrência do El Mundo.

Num período denominado pelo acadêmico de Navarra como de “hibernação”, o projeto editorial digital espanhol Soitu.es, lançado há quase dois anos, encerrou suas atividades neste mês. “Em 2009 três meios de comunicação digitais encerraram suas atividades. Enquanto o grupo ABC.es com sede em Madri redesenhou suas publicações”.

Sandra Silva, de Barcelona

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