Busca social do Google sob acusação

Grupo enviou carta à Comissão de Comércio dos EUA denunciando violação de privacidade de nova busca do Google

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Por Redação Link
Atualização:

Grupo enviou carta à Comissão de Comércio dos EUA denunciando violação de privacidade de nova busca do Google

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SÃO PAULO – O Google recentemente vinculou páginas e comentários da sua rede social, o Plus, aos resultados de buscas, personalizando-os. A mudança virou assunto e irritou muita gente preocupada com um possível abuso por parte do Google, sugerindo que com a medida a empresa estaria priorizando conteúdos vinculados ao Google+ e rebaixando resultados possivelmente mais relevantes para o usuário.

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A empresa chama a nova funcionalidade de “Search Plus Your World” ou “Busque mais seu Mundo”.

O caso chegou na Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (Federal Trade Commission, em inglês; ou FTC) graças a uma denúncia protocolada pelo Centro de Informação de Privacidade Eletrônica (Epic, na sigla em inglês).

A reclamação enviada ao FTC gerou resultados. A Comissão quer que o Google seja submetido a auditorias externas que avaliarão se as recentes mudanças geridas pelo Google ferem regras de privacidade.

“Embora os dados de um usuário do Google+ não seja exibido publicamente, as mudanças do Google tornam os dados pessoais dos usuários mais acessíveis”, disse a Epic pelo seu site.

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Por ser dono do algoritmo de buscas mais usado no mundo (65.9%, segundo a comScore), qualquer alteração que afete a ordem (ou PageRank) dos seus resultados chama a atenção. Com a novo modelo de buscas, dados pessoais, como fotos e contatos podem aparecer nos resultados do Google.

A mudança, porém, não está disponível a todos os usuários — é preciso ter uma conta do Google e estar logado no Google+ para ver a camada social nos resultados. Quem não estiver logado também verá posts do Google+ relacionados à buscas, mas só as publicações gerais e públicas.

O que é importa? Danny Sullivan, do Search Engine Land, mostrou suas preocupações quanto a dois pontos: à legalidade da mudança, sugerindo que o Google poderia estar afetando a competitividade do mercado; e à reformulação do que são resultados relevantes.

“O trabalho do Google como um sistema de buscas é direcionar os usuários às informações mais relevantes da rede, não apenas às informações que interessam ao Google. Essas sugestões seriam melhores se incluíssem outros serviços, e esse é o padrão de buscas que o Google deveria mirar para voltar a ser o melhor”, escreveu.

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

Quando o Google anunciou o novo modelo de buscas, um de seus engenheiros, Amit Singhal, afirmou: “Há um mundo na internet, o das redes sociais, que gira em torno de um que não aparece nas buscas. Isso muda a partir de hoje: levamos seu mundo pessoal à página de resultados”.

O Twitter entra na lista de empresas infelizes com o “Search Plus”. O site avalia que as mudanças foram “ruins” e chama a atenção para o problema da prioridade.

“Como vimos repetidas vezes, as notícias urgentes surgem primeiro no Twitter. Como resultado, contas do Twitter e tweets são muitas vezes os resultados de busca mais relevantes”, afirmou a companhia em comunicado. ”Estamos preocupados com a possibilidade de que, como resultado das mudanças no Google, encontrar essas informações fique mais difícil para todos. Acreditamos que as mudanças são ruins para as pessoas, editores, organizações noticiosas e usuários do Twitter”, afirma o comunicado da empresa.

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Para ler a carta enviado pela Epic à FTC, clique aqui.

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—-Leia mais:Busca do Google é integrada ao PlusTwitter critica mudanças na busca do Google

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